As reflexões sobre construtivismo e o trabalho pedagógico na alfabetização envolvem a análise de múltiplos aspectos dessa teoria, relevantes para o ensino e para o aprendizado. As concepções epistemológicas diferenciam-se, basicamente, pela ênfase que atribuem aos componentes do ato cognitivo – ao sujeito, ao objeto ou à própria interação entre eles. As concepções apriorista e empirista focalizam o conhecimento e o desenvolvimento da inteligência com ênfase, respectivamente, nos fatores internos ou nos fatores externos ao indivíduo, ao passo que a teoria operatória da inteligência, proposta por Piaget, acentua as próprias iterações do indivíduo com o meio físico e social. Do ponto de vista pedagógico, o construtivismo no processo de alfabetização pressupõe que:
I. As situações didáticas propostas para a interação das crianças com a escrita podem ser adequadas para todas as crianças, sendo prudente esperar a mesma resposta por parte de todos os alunos. II. Os diálogos são indispensáveis para que haja troca de informações entre professores e alunos e o desenvolvimento de reflexões neste processo ocorra. III. As diferenças entre os alunos podem dificultar o trabalho pedagógico, pois nem sempre as interações entre pares constituem fator favorável ao aprendizado. IV. Quem ensina necessita ultrapassar os conhecimentos do senso comum para interpretar as exigências que as diferentes respostas dos alunos propõem ao ensino, quando eles dispõem de oportunidades de dizer o que estão pensando.
Está correto o que se afirma em