A indústria algodoeira foi assim lançada, como um planador, pelo empuxo do comércio colonial ao qual estava ligada; um comércio que prometia uma expansão não apenas grande, mais rápida e sobretudo imprevisível, que encorajou o empresário a adotar as técnicas revolucionárias necessárias para lhe fazer face. Entre 1750 e 1769, a exportação britânica de tecidos aumentou de dez vezes.
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Mas a indústria do algodão tinha outras vantagens. Toda a sua matéria-prima vinha do exterior, e seu suprimento podia portanto ser expandido pelos drásticos métodos que se ofereciam aos brancos nas colônias – a escravidão e a abertura de novas áreas de cultivo – em vez dos métodos mais lentos da agricultura europeia; nem era tampouco atrapalhada pelos interesses agrários estabelecidos da Europa.
(Eric Hobsbawm, A era das revoluções – 1789-1848)

O excerto permite afirmar que