Continuo tentando descobrir o que leva alguém a escrever. Se o passado pode dar alguma pista, no meu caso específico, encontro naquele instante de demissão do emprego a marca de uma escolha definitiva, todavia não posso me enganar: podia haver mais coisas em jogo do que simplesmente um projeto de escritor. Nos padrões de hoje, por exemplo, eu talvez preferisse muito mais estar protegido como escritor a manter o emprego aproveitando o tempo livre, preparando-me academicamente e alimentando a solidão intelectual. Foi exatamente o que eu fiz há alguns anos mais tarde, ao me tornar professor; em outras palavras, recusando tudo que fosse típico de meu tempo .
TEZZA, Cristovão. O espírito da prosa. Rio de Janeiro: Record,2012, p.81.
As orações sublinhadas no texto foram reescritas com algumas modificações. Assinale a alternativa cuja modificação está totalmente de acordo com a norma culta da língua.