Texto para a questão

Por André Moura e Maria Nogueira (2013). Trecho adaptado.

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças cardiovasculares. É considerada o principal fator de risco para várias doenças como o infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença renal crônica, além da doença arterial periférica. Estima-se que no Brasil cerca de 17 milhões de indivíduos sejam portadores de hipertensão arterial, correspondendo a 35% da população com idade de 40 anos ou mais. Este número é crescente, e, além disso, está aumentando o número de crianças e adolescentes com a doença.

Por ser assintomática na maior parte do seu curso, a HAS tem seu tratamento negligenciado, somando-se a baixa adesão ao tratamento por parte do paciente.

Importante ressaltar que o tratamento da hipertensão arterial não envolve apenas a utilização de medicamentos, é preciso também investir na modificação do estilo de vida. Sendo assim, faz-se necessário mudanças em alguns hábitos e costumes, em relação à alimentação, ao uso de tabaco e de bebida alcoólica, bem como a prática de exercícios físicos. Mudar o hábito de vida envolve mudanças na forma de viver e na própria ideia de saúde que o indivíduo possui.

A questão da adesão ao tratamento é bastante complexa e, mesmo conhecendo os fatores envolvidos, jamais será possível controlá-la. Entretanto, essa realidade não pode impedir que os profissionais de saúde deixem de atentar-se aos pacientes, uma vez que estes só conseguirão os tratamentos necessários quando puderem reformular ou adquirir os novos papéis, que sua condição atual de saúde exigir e assim, ter interferência na sua qualidade de vida e sua maneira de ser.

A HAS acarreta transformações significativas na vida dos indivíduos, sejam elas na esfera psicológica, familiar, social ou econômica pela possibilidade de agravo em longo prazo. Portanto não somente o paciente como seus familiares, amigos e profissionais de saúde devem ajudar na mudança dos hábitos.