O Psicodiagnóstico é um processo ilimitado no tempo. Esclarecidas as questões iniciais e definidas as hipóteses e os objetivos do processo, o psicólogo ainda não tem condições de saber qual tipo de exame é adequado para chegar a conclusões e, consequentemente, não consegue prever o tempo necessário para realizá-lo.

O plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos que permitam estabelecer uma relação entre as perguntas iniciais e suas possíveis respostas. Ele consiste em traduzir essas perguntas em termos de técnicas e testes, isto é, consiste em programar a administração de uma série de instrumentos adequados ao sujeito específico e especialmente selecionados para fornecer subsídios para que possa chegar às respostas para as perguntas iniciais.

A bateria de testes é utilizada por duas razões principais. Primeiramente, para garantir que a pessoa sinta confiança no processo, já que os testes são ferramentas científicas. E em segundo lugar, o emprego de uma série de testes envolve a tentativa de validação intertestes dos dados obtidos, a partir de cada instrumento em particular, diminuindo, desta maneira, a margem de erro e fornecendo melhor fundamento para se chegar a inferências clínicas.

No passo referente ao levantamento, análise, interpretação e integração dos dados, o psicólogo só possui um acervo de observações se tiver as informações dos testes, pois as informações coletadas através do comportamento do paciente durante as várias sessões em que transcorreu o processo diagnóstico, desde o contato inicial até a última técnica utilizada, não é capaz de descrever um paciente.

O psicólogo obrigatoriamente, sempre precisa chegar ao nível mais elevado de inferência para obter uma hipótese diagnóstica ou diagnóstico mais provável, principalmente em casos mais graves.