A internet pode ser mais estressante do que você imagina
Maribel Barros
Você anda estressado? Se a resposta para esta pergunta for sim, é possível que seu tempo na internet seja parcialmente responsável por isso, de acordo com um relatório da empresa Ericsson.
A cada dia, estamos mais conectados à internet, graças aos dispositivos móveis e todas as facilidades tecnológicas, mas poucos de nós percebem que isso pode ser uma poderosa fonte de estresse. Mas você sabia que o simples fato de carregar um vídeo aumenta a sua frequência cardíaca em até 38%?
Para chegar a esta conclusão, estudamos a atividade cerebral, a movimentação ocular e a pulsação de 30 voluntários na Dinamarca e determinamos como eles reagem a uma baixa velocidade de carregamento na internet. Todos eles receberam um dispositivo para assistir um vídeo na internet e foram divididos pelo tempo de carregamento de cada conexão.
O primeiro grupo não teve tempo de espera. O nível de estresse registrado foi de 13 pontos, considerado o valor base para futuras comparações.
O segundo grupo, que sofreu um atraso de dois segundos, registrou 16 pontos na escala de tensão, um aumento de 23%. O terceiro grupo, cuja conexão demorava até 6 segundos para carregar o vídeo, registrou um nível de estresse de 19 pontos, o equivalente a um aumento de 46%.
Além disso, eles notaram que, em média, os batimentos cardíacos dos participantes aumentaram em 38%.
Como se deu esta comparação?
Para nos dar uma maneira de comparar o estresse gerado por carregar um vídeo em uma internet lenta, gestores indicaram marcadores de estresse em várias outras atividades.
É correto afirmar, por exemplo, que o estresse causado por esta atividade é maior do que:
* Esperar na fila do supermercado.
* Assistir a um programa melodramático de televisão.
* Estar à beira de um precipício (literalmente).
* Assistir a um filme de terror.
Aparentemente, o estresse de esperar um vídeo carregar é igual ao gerado para resolver um problema de matemática.
Embora os resultados sejam interessantes, devem ser encarados com certa desconfiança, já que a Ericsson continua a ser uma empresa envolvida no negócio das conexões de internet e a amostragem não foi muito significativa. No entanto, há de se considerar que este estudo se baseou apenas no estresse gerado por carregar um vídeo e não em outros elementos, como participar de redes sociais, mensagens instantâneas, mapas, GPS e várias outras atividades estressantes disponíveis na internet.
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“Viver um momento estressante não é o mesmo que viver sob estresse. A primeira situação é normal, inesperada e gerada pelo ambiente, enquanto a segunda é tóxica, gerada e procurada por nós mesmos, pois se tornou um hábito que nos impede de viver de outra forma”. Bernardo Stamateas.
Disponível em: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/144190143264/a-
internet-pode-ser-mais-estressante-do-que-voc%C3%AA. Acesso
em: 10 mai.2016.