Interdisciplinaridade, multidisciplinaridade ou co-disiciplinaridade referem-se ao mesmo fenômeno, a saber: um certo parentesco entre os objetos de estudo e a utilização compartilhada de ferramentas fornecidas pelos avanços psicológicos que permitem um esboço de diálogo entre tais disciplinas preexistentes.

O agrupamento de profissionais de diferentes disciplinas para que cada um contribua com a sua cota de saber especializada é suficiente para suprir todos os prejuízos da prática fragmentada.

A prática interdisciplinar apoia-se na disponibilidade em pensar em funil ao invés de leque. Isso quer dizer que cada disciplina deverá organizar o estudo dos fenômenos pertencentes às determinadas categorias gnósticas, entendendo-se por tal o conjunto específico de saberes que tem suas características próprias quanto às vias de acesso, às maneiras de investigar fenômenos e à forma de descrevê-los. Assim, distinguindo uma disciplina da outra.

A interdisciplinaridade pressupõe a hegemonia do paradigma linear das ciências, por meio do padrão causa-efeito, ou seja, a observação dos efeitos e causas para explicá-los e, depois, confirmar as hipóteses individuais para então verificar com as diferentes disciplinas.

O prefixo “ inter” pressupõe um processo de trocas e influências recíprocas, com a disponibilidade para a introdução de mudanças na ocupação dos territórios de cada disciplina sempre que se evidenciarem necessárias ou indispensáveis na ação conjunta em busca de aperfeiçoamento da práxis compartilhada pelas disciplinas em questão.