Fragmento 1: “Aqueles que superam os outros em prudência e razão, mesmo que não sejam superiores em força física, aqueles são, por natureza, os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos, os espíritos lentos, mesmo que tenham as forças físicas para cumprir todas as tarefas necessárias, são por natureza servos […] Tais são as nações bárbaras e desumanas, estranhas à vida civil e aos costumes pacíficos”
Fragmento 2: “Àqueles que pretendem que os índios são bárbaros, responderemos que essas pessoas têm aldeias, vilas, cidades, reis, senhores e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a nossa […] Esses povos igualavam ou até superavam muitas nações e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a nossa.”
(LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense,2003)
Os fragmentos acima esboçam duas ideologias antagônicas e concorrentes que permeavam o imaginário europeu no século XVI acercado dos nativos das Américas. Sobre o tema é possível afirmar que: