No Brasil, a grande desigualdade da distribuição de renda torna relevante uma abordagem analítica que põe em relevo a possibilidade de lógicas familiares alternativas conforme as condições de vida. Cláudia Fonseca e Andreia Cardarello (2010), enfocando a relação entre condições materiais e vida familiar, levantam a hipótese de que existem dinâmicas familiares distintas conforme a classe social. Não obstante a riqueza dessas abordagens, pesquisas subsequentes demonstraram as limitações de modelos calcados exclusivamente no fator de classe.
Assinale a alternativa que indica os fatores apontados pelas autoras que demonstraram as limitações de modelos calcados exclusivamente no fator de classe.
I) Não existe uma correspondência mecânica entre renda e valor familiar.
II) Em certos aspectos, as famílias das classes altas, com sua lógica corporativista, antes de exibir um arranjo moderno, parecem se aproximar mais da lógica hierárquica tida como típica das classes populares.
III) Em relação à divisão sexual de trabalho doméstico, observa-se que o casal igualitário das camadas médias é bem diferente de seus vizinhos conservadores. Prova disso, é que as mulheres das camadas médias não se ocupam dos afazeres domésticos tampouco são as principais responsáveis pelo cuidado dos filhos, já que estas tarefas são realizadas pelas empregadas domésticas.
IV) Diferenças entre regiões apontam para a importância de fatores como religião e tradição cultural, que podem se sobrepor às diferenças de classe.
Assinale a alternativa que apresenta apenas sentenças CORRETAS.