Instrução: Para responder às questões de números 1 a 7, considere o texto a seguir.
“Gene da longevidade” pode aumentar risco de Alzheimer
Se há centenários na sua família, é grande a chance de você também ter vida longa. Disseminada na cultura popular, essa noção ganhou respaldo científico em 2010, quando neurocientistas da Universidade de Boston identificaram, em uma pesquisa com 1.055 pessoas com mais de 90 anos, “genes da longevidade” − 150 variantes genéticas associadas à propensão para viver mais. Agora, um estudo publicado no periódico Aging Cell sugere que uma delas aumenta o risco de desenvolver Alzheimer.
Ao analisarem tecidos cerebrais de 590 pessoas que morreram com mais de 90 anos, pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rush, em Chicago, observaram que uma variante, a proteína de transferência de ésteres de colesterol (CEPT, na sigla em inglês), está relacionada a maior quantidade de placas amiloides, características da doença neurodegenerativa.
Os resultados contradizem um estudo divulgado pouco tempo antes no Journal of American Medical Association, que sugeriu que a CEPT estava relacionada a maior agilidade mental em pessoas com mais de 70 anos − resultado mais evidente em voluntários descendentes de judeus do leste europeu. Qual estudo está “certo”? “Talvez nenhum. Há muitas outras variantes, talvez ainda desconhecidas; seria precipitado relacionar a CEPT diretamente à propensão para desenvolver a demência”, diz o neurocientista David Bennet, um dos autores da pesquisa da Universidade de Rush.
(Adaptado de Neurocircuito. Patologia. Mente Cérebro: Psicologia,
psicanálise, neurociência. São Paulo: Duetto, Ano XIX, n. 229. p. 76)