Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Discos voadores
Faz tempo que não se veem discos voadores. Passou a moda? Os ETs não nos querem mais? Enjoaram de nós? Cansaram-se da paisagem do planeta e foram rodopiar em outras galáxias? Terão achado que os pintamos feios demais? Ou nós é que simplesmente desistimos deles?
Cresci no auge da boataria. Começou com um piloto norte-americano de caças contando que havia visto nove estranhos discos voadores brilhantes evoluindo perto de um monte, no estado de Washington. Era 24 de junho de 1947, Guerra Fria, e a onda começou: seria coisa dos russos ou de outro planeta. Venceu a hipótese de naves vindas do espaço sideral, bem mais sensacional e perturbadora. Depois, outras formas de objetos voadores não identificados foram engrossando a onda.
Antes, não se via. Cronistas de reinos passados, gênios das navegações, historiadores, cientistas, jornais, cronistas dos primeiros quatrocentos anos da imprensa não falam de discos, pratos ou charutos voadores, nem de pessoas que os tivessem avistado. Ninguém foi abduzido de 1950 para trás. As religiões não deixavam sequer pensarmos em outros mundos, quanto mais em outros seres. Pois, se Deus houvesse criado outros seres em outros mundos, teria contado para os profetas. Portanto, não havia.
Minto. O profeta Ezequiel, de 600 anos antes de Cristo, relata que viu grandes rodas luminosas girando no ar, subindo e descendo, e havia seres lá dentro. Melhor pensar que eram anjos. Antes da boataria, só deuses e anjos desciam até a superfície da Terra; e diabos subiam.
(Adaptado de Ivan Ângelo. Certos homens. Porto Alegre:
Arquipélago, 2011. p.151-2)
O verbo que NÃO foi empregado com o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está em: