Atenção: As questões de números 1 a 7 baseiam-se no texto apresentado abaixo.
O Brasil está começando a colher a maior safra de cana-de-açúcar da sua história. Os preços do etanol e do açúcar se encontram em níveis bastante baixos − 85% do etanol brasileiro é consumido no mercado interno, principalmente pelos veículos flex, que já respondem por 90% das vendas de carros novos. Os benefícios do crescimento do setor são inquestionáveis: geração de 1 milhão de empregos, investimentos de 30 bilhões de dólares até 2012, perspectivas de co-gerar o equivalente a uma Itaipu e meia em bioeletricidade a partir do bagaço e da palha disponíveis e movimentação de uma pujante indústria nacional de máquinas e equipamentos.
Comparado com a gasolina, o etanol reduz em mais de 80% a emissão de gases do efeito estufa. Trata-se da mais bem-sucedida experiência comercial em combustíveis para mitigar o problema do aquecimento global. Com apenas um por cento da área agricultável do País, o etanol substituiu metade das necessidades brasileiras de combustíveis para veículos leves, superando o consumo de gasolina!
Só que de um ano para cá o etanol vive sob intenso ataque, por conta da decisão dos países ricos de substituir uma pequena parte de seu petróleo por biocombustíveis. Estados Unidos e União Européia pretendem fazer isso com milho (EUA), trigo e beterraba (União Européia) e celulose (ambos). Poderosos interesses vêm sendo afetados por essa decisão, principalmente nas indústrias alimentícias e do petróleo e se multiplicam acusações levianas e trabalhos sem base científica. Acusam-se os biocombustíveis de aumentar o preço dos alimentos, esquecendo os impactos do rápido crescimento da renda per capita nos países emergentes e do aumento do petróleo nos custos agrícolas. Renascem previsões que antevêem a falta de alimentos, a inflação e a fome. O exemplo brasileiro, porém, prova que, com as tecnologias hoje disponíveis, mais de uma centena de países tropicais poderiam produzir biocombustíveis de forma eficiente e sustentável, sem afetar a produção de alimentos, bebidas, rações e fibras.
(Marcos Sawaya Jank. O Estado de S. Paulo, A2, 18 de abril
de 2008, com adaptações)
O pronome substitui corretamente o segmento grifado, considerando-se também a colocação, em: