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Em 2015, o professor Robert Waldinger participou de uma conferência apresentando uma palestra chamada “O que torna uma vida boa? Lições sobre o mais longo estudo sobre felicidade”. O tema se tornou, anos depois, um livro do palestrante sobre o assunto, que entrou na lista dos mais vendidos, segundo o jornal The New York Times.
Professor de psiquiatria em Harvard, Waldinger é o quarto pesquisador a dirigir o Estudo sobre Desenvolvimento Adulto, que existe na universidade desde 1938 e está em andamento até hoje. O trabalho é o maior já realizado sobre o tema e monitora questões relativas a bem-estar, desenvolvimento e felicidade. Atualmente, a pesquisa está na segunda geração e dela participam os filhos dos primeiros participantes.
O principal achado da pesquisa chama a atenção: a chave para uma vida mais feliz e saudável são os relacionamentos que cultivamos. Boas relações ajudam a reduzir os níveis de estresse e também influenciam a maneira como lidamos com dificuldades e situações desafiadoras.
Waldinger afirma que cultivar relacionamentos recíprocos, que contam com apoio mútuo e espaço para crescimento, é o que traz mais felicidade. Por outro lado, passar muito tempo no trabalho é um constante arrependimento dos participantes do estudo.
Além desses, há outros fatores que interferem na saúde mental e na sensação de felicidade — e um deles pode ser dinheiro.
O pesquisador ressalta que ter muito dinheiro ou fama não tem relação direta com a felicidade. Contudo, a pobreza impacta a satisfação com a vida. Waldinger aponta que, enquanto não se tem as necessidades básicas garantidas, sentir-se feliz e pleno é uma tarefa difícil.
Por outro lado, a partir do momento em que necessidades como alimentação, moradia e educação estão garantidas, ganhar mais dinheiro não significa sentir felicidade. É aí que está a importância de cultivar bons relacionamentos.
Internet:<folha.uol.com.br> (com adaptações).