Texto para responder às questões 14 e 15.
Cientistas descobrem como “deletar”, pela primeira vez, o HIV das células humanas usando técnica revolucionária
Uma vez que o vírus HIV invade uma célula humana, ele ficará lá para sempre, inserindo seu genoma mortal de forma definitiva, obrigando suas vítimas a tomarem medicamentos por toda a vida.
Porém, pela primeira vez, pesquisadores da Filadélfia, nos EUA, descobriram uma maneira de retirar o HIV de forma completa das células humanas.
A equipe da Escola de Medicina da Universidade de Temple disse que a descoberta é a primeira tentativa bem sucedida de eliminar vírus HIV‐1 latentes em células humanas.
“Esse é um passo importante no caminho para uma cura permanente para a AIDS”, disse Kamel Khalili, PhD, professor e presidente do Departamento de Neurociência da Temple. “É uma descoberta excitante, mas ainda não está pronta para ser colocada em prática. É apenas um conceito que estamos tentando manter na direção correta”, explicou.
Em um estudo publicado pela revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, o Dr. Khalili e sua equipe detalham como eles criaram ferramentas moleculares para excluir o DNA pró‐viral do HIV‐1, através da remoção total do vírus. Estas ferramentas moleculares também podem servir como vacinas terapêuticas. No mundo todo, mais de 33 milhões de pessoas têm HIV, sendo mais de um milhão apenas nos Estados Unidos.
Embora a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), desenvolvida nos últimos 15 anos, possa controlar o HIV‐1 em pessoas infectadas, o vírus pode atacar novamente com qualquer interrupção no tratamento.
“Estamos trabalhando em uma série de estratégias para que possamos levar a construção em estudos pré‐clínicos. Queremos erradicar cada cópia única de HIV‐1 do paciente. Isso seria a cura da AIDS”, explica o pesquisador, empolgado com uma possível descoberta que mudaria o mundo.
(Disponível em: http://www.jornalciencia.com/saude/corpo/4191‐cientistas‐conseguem‐deletar‐pela‐primeira‐vez‐o‐hiv‐das‐celulas‐humanasusando‐tecnica‐revolucionaria. Acesso em: 06/02/2015. Adaptado.)