Gerenciar a reputação online não é luxo ou moda, mas essencial, sobretudo em um cenário em que pessoas e eleitores utilizam cada vez mais ferramentas de redes sociais como principal fonte de informação, sendo influenciadas pelo que percebem, muitas vezes sem critérios para aferirem a veracidade ou a idoneidade da informação recebida, que pode ser falsa ou maliciosa.
O candidato a um cargo político engana-se ao acreditar que uma equipe de marketing é suficiente para lidar com essas questões. Gerenciar reputação é, antes de tudo, ciência da informação e atuação de um corpo interdisciplinar. É escutar, extrair insights e demandas desse grande volume de dados, arquitetar essa informação. É realizar adequadamente a resposta, buscar a conversão do usuário e ir construindo uma imagem e uma presença confiante, que se dá sem milagres, mas com relacionamento. É também avaliar implicações jurídicas das manifestações sobre o candidato nas redes sociais.
José Antonio Milagre. Reputação online de candidatos e
as eleições 2016: estratégia eleitoral na Internet. Internet:
<http://josemilagre.jusbrasil.com.br> (com adaptações).