Um paciente de 48 anos de idade procurou o pronto-socorro e relatou ao médico que há 9 horas, após episódio de estresse emocional, passou a apresentar, de forma súbita, dor retroesternal, em peso, de forte intensidade, irradiada para o dorso e associada a náuseas, um episódio de vômito e sudorese fria. Como antecedentes médicos relevantes, informou ter diagnóstico de hipertensão arterial há cinco anos, em uso irregular de hidroclorotiazida, negou diabetes melito e etilismo, tem vida sedentária e hábito tabágico há 22 anos. O exame médico evidenciou: paciente ansioso, com fáscies de dor aguda, consciente, orientado, afebril, frequência cardíaca de 88 bpm, pressão arterial de 138 mmHg × 85 mmHg. Pré-córdio calmo, ictus cordis não visível e não palpável, ritmo cardíaco regular em três tempos, às custas de quarta bulha, bulhas normofonéticas, sem sopros ou atritos, pulsos arteriais palpáveis e simétricos, ausência de turgência jugular a 45º. Pulmões com murmúrio vesicular fisiológico, bem distribuído, sem ruídos adventícios. Abdome e extremidades sem alterações. Na sala de emergência, foi realizado o eletrocardiograma convencional (calibração de 1 cm = 1 mV, velocidade do papel = 25 mm/s), cujo traçado é mostrado a seguir.
Foi colhida amostra de sangue venoso para exames laboratoriais, que mostraram: hemograma normal, valores normais de glicose, sódio sérico e valores no limite superior da normalidade para creatina fosfoquinase-fração MB (CKMB), troponina I e mioglobinas séricas.
Com base nesse caso clínico, julgue os itens de 58 a 64.
A confirmação da principal hipótese diagnóstica nesse caso somente pode ser realizada por meio de exame de cateterismo cardíaco com cineangiocoronariografia, que deve ser realizado somente após a recanalização química da árvore coronariana.