Metrópoles desenvolvidas arcam com parte do custo do transporte público. Fazem-no não só por populismo dos políticos locais mas também para imprimir mais eficiência ao sistema. E, se a discussão se dá em termos de definir o nível ideal de subsídio, a gratuidade deixa de ser um delírio para tornar-se a posição mais extrema num leque de possibilidades.
Sou contra a tarifa zero, porque ela traz uma outra classe de problemas que já foi bem analisada pelo pessoal da teoria dos
jogos: se não houver pagamento individual, aumenta a tendência de as pessoas usarem ônibus até para andar de uma esquina a outra, o que é ruim para o sistema e para a saúde.
Para complicar mais, vale lembrar que a discussão surge no contexto de prefeituras com orçamentos apertados e áreas ainda mais prioritárias como educação e saúde para atender.
(Hélio Schwartsman, Tarifa zero, um delírio? Folha de S.Paulo, 21.06.2013. Adaptado)
A ideia central do texto pode ser sintetizada da seguinte forma, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa: