Saúde e doença — esta definida como uma das dimensões da morbidade — não seriam conceitos mutuamente excludentes. Mesmo doente, do ponto de vista fisiológico e(ou) orgânico, mais ainda na fase pré-clínica, uma pessoa pode-se perceber saudável, considerando que seu bem-estar esteja preservado. Excludentes seriam, sim, os conceitos de saúde e de enfermidade, uma vez que, quando enfermo, o indivíduo passaria a perceber alguma alteração do próprio estado de saúde. Dessa forma, somente quando a pessoa passa também à condição de enferma, a saúde estaria ausente, ao menos de forma parcial. Nesse modelo, denominado gradiente de sanidade, Terris trata das respostas do organismo aos estímulos recebidos em diferentes condições, relacionando as condições de bem-estar ou mal-estar à capacidade funcional e à doença ou ao agravo.
R. Medronho. Epidemiologia. São Paulo:
Atheneu, 2009, p. 68 (com adaptações).
Com referência ao texto acima e a noções de epidemiologia em saúde, julgue os itens subsequentes.
Em estudos epidemiológicos, a expressão não doente corresponde a indivíduos que não apresentam qualquer patologia, apesar de não corresponder ao estado ideal de normalidade da definição de saúde ampliada da Organização Mundial de Saúde (OMS).