Uma paciente com 20 anos de idade compareceu ao pronto-socorro com febre, cefaleia, mal-estar, náuseas, vômito e dor abdominal há 4 dias. Houve piora hoje, com intensa dor abdominal e tonturas. Seis dias antes, ela esteve com primos com sintomas de dengue. Desidratada ++/4, Tax 37,2 ºC, PA deitada: 110 mmHg × 70 mmHg; Fc: 96 bpm. Dor à palpação profunda do abdome, submaciez à percussão de flancos. Exames – hemograma: Hb: 12 g/dL, Ht: 52%, leucócitos: 3.800/mm3, plaquetas: 50.000/mm3; EAS: densidade: 1.035, hemácias: 600.000/mm3; Hb: ++. Ecografia de abdome: presença de grande quantidade de líquido na cavidade abdominal. A paciente foi internada e apresentou piora, PA deitada: 100 mmHg × 60 mmHg, sentada: 90 mmHg × 50 mmHg, Fc: 110 bpm, tendo sido medicada com Ringer lactato 1.000 mL em 1 hora e 1.000 mL em 4 horas. Ht: 55%; plaquetas: 30.000/mm3. Diurese de 100 mL desde 21 h.
Foi mantida hidratação venosa com soro fisiológico 1.000 mL em 4 horas e, dez horas após a internação, a paciente apresentou PA deitada: 110 × 65 mmHg, sentada: 110 × 65 mmHg e pulso: 88 ppm.
Após 4 dias de internação, estava afebril, com boa diurese e Ht: 40%, plaquetas: 76.000/mm3; teve alta hospitalar, com seguimento no ambulatório. Isolamento viral: DEN 2.
Com referência à situação clínica acima descrita e à enfermidade a ela associada, julgue os itens subsequentes.
Essa situação clínica caracteriza um caso de infecção primária por dengue na forma hemorrágica, classificada segundo a evolução como grupo C.