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TEXTO I
DOMINGO, 26 DE ABRIL DE 2009
Um Puxão de Orelha
Duas cidades do interior paulista adotaram uma espécie de “toque de recolher” para crianças e adolescentes sob a justificativa de tentar reduzir a criminalidade. Em Ilha Solteira e Itapura, no noroeste do Estado, menores de 13 anos podem ficar na rua até as 20h30. Adolescentes de 13 e 14 anos, até as 22h. Para quem tem 16 e 17 anos, o limite é 23h. Menores de 15 anos estão proibidos de frequentar lan houses. (...) A medida foi baseada em atitude parecida determinada por um juiz de Fernandópolis (553 km de SP).
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u554311.shtml
Nesta semana veio à mídia uma polêmica envolvendo o tal toque de recolher imposto pelas prefeituras de Fernandópolis e Ilha Solteira. O que era de se esperar, muitos adolescentes abominaram a decisão do juiz, enquanto seus pais adoraram a ideia.
- Ah, mas a minha filha não me escuta, é cabeça dura!
- Tem que fazer isso mesmo. Essa molecada não tem juízo!
Do outro lado, uma adolescente questiona, conforme mostrado no Fantástico:
- Se é pra reduzir a criminalidade, e os jovens que não estão fazendo nada de errado, tem que pagar pelos outros?
Ricardo Cabezon, presidente da comissão de direitos da criança e do adolescente da OAB de São Paulo, diz, no mesmo programa:
- Isso fere a constituição. (...) Liberdade de ir e vir, liberdade de educar, liberdade de poder escolher entre o que é certo e o que é errado. (...) Viver na democracia é também oferecer às pessoas a oportunidade de elas entenderem o peso dos seus atos. Se o jovem quis ficar acordado à noite e ele passar o outro dia com sono, ele tem que entender que isso não é bom para ele.
Opiniões contra ou a favor fazem parte de medidas polêmicas da justiça, como essa.
A questão é, chegamos a um ponto em que a justiça precisa determinar as horas que os adolescentes voltam para casa, tarefa que normalmente caberia aos pais. Antigamente, mesmo um garoto de 17 anos tremia todo só de perceber que seu pai o olhava com um ar mais severo. Hoje, vemos casos cada vez mais grotescos de filhos que até matam seus pais por motivos banais. (Danilo Moreira)
FOTO: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2009/04/278_1135-charge11042009.jpg
TEXTO II
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
Mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
O Texto I apresenta a realidade política vivida hoje, no século XXI, em que a ideologia de dias pacificados pela “mesmice” se quebra a partir da imagem apresentada.
O Texto II apresenta, de forma lírica, a realidade de uma vida pacata, o que faz com que a ideologia de vida evidenciada se desenvolva pelos elementos morfológicos presentes.
Os dois textos edificam um modelo de sociedade que rompe com os padrões de vida em social, apresentando distinções ideológicas . A partir das relações entre os textos, leia as afirmativas abaixo:
I. Em ambos os textos, os autores apresentam as cidades sob olhares distintos, de forma diversa, o que proporciona a cada um estilos também distintos de formas de escrever;
II. Em ambos os textos, o conceito da ideia de “liberdade” é dado de forma distinta: no Texto I, a liberdade é vista como parte fundamental dos direitos do homem, encontrada,inclusive como parte integrante da Constituição Federal de 1988; já no Texto II, a liberdade é vista de forma poética e conotativa, o que vem configurar a diferença entre as sociedades de épocas diferentes.
III. O Texto I apresenta o valor reverencial do jovem em relação aos pais, como elemento negativo na conduta da decisão judicial;
IV. O Texto II apresenta a distinção temporal existente em relação ao Texto I, demonstrando a sequência das ações através da ideia expressa pelo verbo “devagar”, garantindo ao Texto II uma sequência de fatos diversos.
Marque a alternativa CORRETA:
se quebra a partir da imagem apresentada.
O Texto II apresenta, de forma lírica, a realidade de uma vida pacata, o que faz com que a ideologia de vida evidenciada
se desenvolva pelos elementos morfológicos presentes.
Os dois textos edificam um modelo de sociedade que rompe com os padrões de vida em social, apresentando distinções
ideológicas . A partir das relações entre os textos, leia as afirmativas abaixo:
I. Em ambos os textos, os autores apresentam as cidades sob olhares distintos, de forma diversa, o que proporciona a
cada um estilos também distintos de formas de escrever;
II. Em ambos os textos, o conceito da ideia de “liberdade” é dado de forma distinta: no Texto I, a liberdade é vista como
parte fundamental dos direitos do homem, encontrada,inclusive como parte integrante da Constituição Federal de
1988; já no Texto II, a liberdade é vista de forma poética e conotativa, o que vem configurar a diferença entre as sociedades
de épocas diferentes.
III. O Texto I apresenta o valor reverencial do jovem em relação aos pais, como elemento negativo na conduta da decisão
judicial;
IV. O Texto II apresenta a distinção temporal existente em relação ao Texto I, demonstrando a sequência das ações através
da ideia expressa pelo verbo “devagar”, garantindo ao Texto II uma sequência de fatos diversos.
Marque a alternativa CORRETA:
Observe o trecho a seguir, transcrito do Texto II.
“Nadópolis era uma cidade meio antipática mesmo. Não, não era birra dos cidadãos cidadequalquerianos. Nadópolis tinha um ar arrogante e antipático! A começar pelo nome pomposo. (...)”
Considere as seguintes afrmações:
I. Ocorre nesse fragmento uma personifcação da cidade de Nadópolis.
II. O adjetivo “pomposo” aufere à Nadópolis uma expressão de nobreza.
III. O advérbio negativo vem trazer a recusa da pompa destinada a Nadópolis.
IV. A expressão “mesmo” assume função adverbial de intensidade em relação ao adjetivo “antipática”.
Está correto APENAS o que se afrma em:
Sobre o Texto I, é possível afirmar que o poema