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É comum à abordagem da Sociologia Jurídica a apresentação de duas tradições na análise da relação entre direito e sociedade, a do consenso ou equilíbrio, apoiada em Durkheim, e a tradição do conflito, de orientação marxista. Alguns autores, como José Eduardo Faria, destacam a importância da visão do direito como um problema de decibilidade normativa de conflitos que superaria essa dicotomia. Considere as afirmativas acerca dessas três abordagens da Sociologia Jurídica:

I. A teoria do consenso encara a ordem como a dominação bem-sucedida da elite.

II. A teoria do consenso baseia-se no fato de que o direito, centrado na lei, é fenômeno social imparcial e neutro.

III. A teoria do conflito vê a ordem como efeito de um acordo sobre os valores sociais e os antagonismos como risco à estabilidade.

IV. A teoria do conflito compreende a ordem como a dominação bem-sucedida da elite.

V. A decibilidade normativa de conflitos concebe a necessidade de a justiça operar como uma ciência social, encarregada de vincular fatos e valores em sínteses temporárias das tensões sociais.

VI. A decibilidade normativa de conflitos permite compreender o direito como ciência formal das normas e, portanto, como fenômeno puramente lógico.

É correto o que se afirma APENAS em:
Raízes do Brasil é, sem dúvida, um dos livros mais famosos e centrais ao pensamento sociológico sobre o país. Nesse clássico, Sérgio Buarque de Hollanda, baseando-se em Max Weber, trabalha com dois tipos sociais ideais para pensar o Brasil.

Assinale, entre as opções abaixo, aquela que corresponde à noção CORRETA:
Raymond Williams, um dos fundadores do que hoje se compreende como o paradigma dos Estudos Culturais, também trouxe contribuição inestimável à sociologia da cultura. Uma das suas mais marcantes afirmações foi a de considerar a cultura “experiência ordinária”. (CEVASCO, Maria Elisa. Para ler Raymond Williams. São Paulo: Paz e Terra, 2001.)

Identifique entre as alternativas abaixo aquela que apresenta a síntese adequada da expressão de Williams:
No livro A corrosão do caráter, Richard Sennet trata da noção de “capitalismo flexível”. Para ele:

“A expressão ‘capitalismo flexível’ descreve hoje um sistema que é mais que uma variação sobre um velho tema. Enfatiza-se a flexibilidade. Atacam-se as formas rígidas de burocracia e também os males da rotina cega. Pede-se aos trabalhadores que sejam ágeis, estejam abertos a mudanças a curto prazo, assumam riscos continuamente, dependam cada vez menos de leis e procedimentos formais.” (SENNET, Richard. A corrosão do caráter. Rio de Janeiro, Ed: Record, 2004, p.9.)

Identifique entre as alternativas abaixo aquela que expressa CORRETAMENTE a visão de Richard Sennet sobre o capitalismo flexível.
Em um conhecido livro Organizações Modernas, o sociólogo Amitai Etzioni destaca a relevância dos estudos da sociologia organizacional no mundo moderno, haja vista que a “sociedade atual é uma sociedade de organizações” (Etzioni, 1967:5), pois nascemos, fomos educados, trabalhamos, e desenvolvemos grande parte de nossas demais atividades em organizações. No entanto, ao longo do desenvolvimento da sociologia das organizações, as percepções teóricas acerca das organizações sofreram modificações condizentes com as escolas teóricas da área. Entre elas, destacam-se a Teoria Clássica ou Administração Científica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria Estruturalista. Considere as afirmativas acerca dessas teorias:

I. A Teoria Clássica abordava as organizações a partir do critério da motivação econômica para o trabalho, dando ênfase ao processo de divisão do trabalho clara e formal.

II. A Teoria Clássica incorporava, desde seu surgimento, influências weberianas voltadas a compreender o sentido da ação social no trabalho, atribuída pelos indivíduos no processo produtivo

III. A Teoria das Relações Humanas dá atenção aos processos psicológicos envolvidos nas organizações, demonstrando como as recompensas extraeconômicas têm sempre justificativa associada à satisfação pessoal e individual.

IV. A Teoria das Relações Humanas denunciou a necessidade de se levar em consideração os “fatores sociais”, isto é, as inúmeras necessidades extraeconômicas dos trabalhadores dentro da organização para a melhor compreensão e mesmo para o pleno desenvolvimento organizacional.

V. A Teoria Estruturalista, de grande influência marxista e weberiana, parte do conflito inevitável entre o trabalhador e a organização e dá grande ênfase à dimensão do poder nas organizações.

VI. A Teoria Estruturalista enfatiza o organograma empresarial, as relações de mando e submissão propondo novas formas de organização das funções, mais flexíveis e democráticas.

É correto o que se afirma APENAS em: