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Diferentemente das demais colônias americanas, o Brasil adotou o regime monárquico ao proclamar sua emancipação política. Sob o comando de D. Pedro I, o Primeiro Reinado (1822-1831) foi marcado por graves crises políticas, que culminaram na abdicação do imperador. Seguiu-se o período regencial (1831-1840), por muitos considerado uma experiência republicana, assinalado pela eclosão de movimentos armados em vários pontos do país. A antecipação da maioridade de D. Pedro II (o chamado Golpe da Maioridade) deu início ao Segundo Reinado (1840-1889), o qual foi derrubado por um golpe militar que instaurou a República.
A respeito da trajetória histórica brasileira ao longo do século XIX, julgue (C ouE) o item subsequente.
Após a abdicação de D. Pedro I, liberais radicais se insurgiram em vários pontos do país contra os grupos no poder: ressentindo-se da extrema centralização política, alguns defendiam o modelo federativo, outros propunham a abolição gradual da escravidão e, ainda, havia os que pleiteavam a nacionalização do comércio.
Embora conduzida pelo príncipe herdeiro do trono português, a Independência é consensualmente vista como ato político que rompeu com as estruturas básicas do período colonial, o que foi possível em face da conciliação que aproximou as elites brasileiras em torno do projeto maior de assegurar a emancipação do país e de inseri-lo vantajosamente na economia internacional.
A abertura dos portos, tão logo a Corte portuguesa chegou ao Brasil, significou a ruptura do pacto colonial que definia as relações de dominação e de dependência entre metrópole e colônia, rompendo com o monopólio (“exclusivo de comércio") e abrindo largos espaços à entrada de produtos britânicos na colônia; essa influência britânica ampliou-se, a seguir, com a assinatura de tratados vantajosos para o país pioneiro da Revolução Industrial.
As circunstâncias históricas europeias de princípios do século XIX foram responsáveis pela transferência da sede do Estado português para a colônia brasileira. Essa decisão, tomada para preservar o trono lusitano em mãos da família Bragança em face da invasão francesa, foi decisiva para deflagrar o processo que culminaria na Independência do Brasil. A esse respeito, julgue (C ou E) o item subsequente.
A vitória da Revolução Constitucionalista do Porto, em 1820, teve o efeito de adiar a Independência do Brasil: por ser liberal, além de eliminar os resquícios de absolutismo em Portugal, ela ampliou consideravelmente a autonomia da colônia, atendendo aos interesses dos potentados rurais e dos comerciantes urbanos.