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O populismo, fenômeno amplamente analisado por sociólogos, cientistas políticos e economistas, mereceu, nos últimos anos, a atenção dos historiadores brasileiros. Especial interesse foi demonstrado pelo estudo do varguismo, sobretudo o denominado “primeiro período” – anos 30 e o Estado Novo. O objetivo deste texto é refletir sobre as razões que levaram os historiadores a se debruçarem sobre essa fase da história do Brasil, explorando temas relacionados ao Estado Novo e os resultados mais significativos das pesquisas realizadas sobre o assunto a partir de 1980. Tais estudos têm inclusive possibilitando uma revisão de tipo conceitual sobre a experiência estadonovista. (Maria Helena Rolim Capelato, Estado Novo: novas histórias. Em: Marcos Cezar de Freitas (org.). Historiografia brasileira em perspectiva)
“Sobre as razões que levaram os historiadores a se debruçarem sobre essa fase da história do Brasil”, Capelato aponta que

Em texto de 1995, John Manuel Monteiro afirma que “a nova história indígena no Brasil encontrou um campo fértil para crescer a partir de uma série de elementos novos”.

(O desafio da história indígena no Brasil. Em: Aracy L. da Silva e Luís D. B. Grupioni (orgs). A temática indígena na escola)


Tais “elementos novos” constituem-se

Esse autor foi bastante criticado por intelectuais brasileiros por sua fluidez conceitual e por ter tido um grande papel na elaboração e difusão de um poderoso sistema ideológico que elimina as contradições do processo histórico brasileiro em nome de uma pretensa harmonia social. De acordo com essa visão, devemos a ele o mito de um Brasil exemplarmente miscigenado e socialmente democrático. (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas)
O excerto trata de
No estudo da História, considera-se, ainda, a dimensão do tempo predominante no ritmo de organização da vida coletiva, ordenando e sequenciando, cotidianamente, as ações individuais e sociais. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História)
Nesse sentido, cabe
Ao entrevistar a historiadora Natalie Zemon Davis, Maria Lucia Pallares-Burke pergunta:
Seu livro O Retorno de Martin Guerre, de 1983, gerou muitos debates e, ao lado de Montaillou, de Le Roy Ladurie, e O Queijo e os Vermes, de Ginzburg, tem sido elogiado como pertencente à tradição pós-modernista em historiografia. Concorda com essa visão? (Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke. As muitas faces da história – Nove entrevistas)
Essas três obras têm em comum a tendência historiográfica