Questões de Concurso
Filtrar (abrir filtros)
390.418 Questões de concurso encontradas
390.418 resultados
Página 75869 de 78.084
Questões por página:
Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Ano: 2010
Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Desastres naturais não provocam apenas mortes e prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim. Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da informação reage aos desastres naturais de forma muito semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o excesso de informação também contribui para a disseminação do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou 20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes da atualidade, como a do aquecimento global, são contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do Paraíso.
(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril de 2010, com adaptações)
Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Ano: 2010
Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Desastres naturais não provocam apenas mortes e prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim. Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da informação reage aos desastres naturais de forma muito semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o excesso de informação também contribui para a disseminação do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou 20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes da atualidade, como a do aquecimento global, são contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do Paraíso.
(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril de 2010, com adaptações)
Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Ano: 2010
Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Desastres naturais não provocam apenas mortes e prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim. Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da informação reage aos desastres naturais de forma muito semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o excesso de informação também contribui para a disseminação do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou 20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes da atualidade, como a do aquecimento global, são contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do Paraíso.
(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril de 2010, com adaptações)
Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Ano: 2010
Atenção: As questões de números 9 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Desastres naturais não provocam apenas mortes e prejuízos. Deixam a sociedade mais suscetível a discursos apocalípticos. Depois da virada (e do bug) do milênio, o fantasma da vez são as supostas profecias maias de que o mundo vai acabar em 2012. Para quem acredita nelas, as catástrofes deste semestre seriam apenas o começo do fim. Pouco importa que, segundo cientistas, a Terra registre 50 mil tremores todos os anos e esse número não esteja aumentando.
Para o físico e astrônomo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Othon Winter, paradoxalmente a sociedade da informação reage aos desastres naturais de forma muito semelhante à dos povos da antiguidade. "Os fenômenos eram mais locais. Uma cheia do rio Nilo poderia ser indício de que os deuses estavam zangados com os homens. Na antiguidade, o acesso ao conhecimento era mínimo e as pessoas com um pouco mais de informação conduziam outras. O medo decorria da falta de informação. Hoje, todo mundo tem informação demais e, por isso, teme", acredita.
A psicóloga Eda Tassara, do Laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), acha que o excesso de informação também contribui para a disseminação do pânico. "Não sei se há uma intensificação das chamadas catástrofes, mas sei que o acesso à informação sobre elas se intensificou muito."
Para ela, fenômenos como a erupção do vulcão islandês passaram a ser vistos como catástrofes por conta do atual estágio de organização da sociedade. "A dimensão da erupção foi amplificada pelos seus danos econômicos. Sob esse ponto de vista, pode ser considerada uma catástrofe, mas, na verdade, é um acidente de dimensões locais."
Eventos como a passagem de cometas e a virada de milênios sempre provocaram tensão. Os temores de catástrofes cósmicas têm origem na crença de que eventos terrenos e celestes estariam fisicamente conectados. Em seu livro, o astrônomo lembra que a aparição de um cometa em 1664 foi interpretada como responsável pela peste bubônica que dizimou 20% da população europeia. Para Eda, até mesmo questões relevantes da atualidade, como a do aquecimento global, são contaminadas por um discurso apocalíptico que lembra o dos profetas religiosos. Ele traz consigo a culpa e a noção de castigo. Você tem culpa das mazelas do planeta porque come carne ou anda de avião. É como comer a maçã e ser expulso do Paraíso.
(Karina Ninni. O Estado de S. Paulo, Especial, H5, 30 de abril de 2010, com adaptações)
Cargo: Técnico Judiciário - Área Administrativa
Ano: 2010
Atenção: As questões de números 1 a 8 referem-se ao texto abaixo.
Pelo mundo afora, os jornais sentem a agulhada de uma conjunção de fatores especialmente desfavoráveis: a recessão mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis classificados, e também serve como fonte – em geral gratuita – de informações. Na Inglaterra, para sobreviver, os jornais querem leis menos severas para fusão e aquisição de empresas. Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá isenção tributária a investimentos dos jornais na internet.
Mas em nenhum outro lugar a tormenta é tão assustadora quanto nos Estados Unidos. A recessão atropelou os dois maiores anunciantes – o mercado imobiliário e a indústria automobilística – e a evolução da tecnologia, com seu impacto sísmico na disseminação da informação, se dá numa velocidade alucinante no país. O binômio recessão-internet está produzindo uma devastação. Vários jornais, mesmo bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas.
O fechamento de um jornal é o fim de um negócio como outro qualquer. Mas, quando o jornal é o símbolo e um dos últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New York Times, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida romântico, aventureiro, despojado e corajoso que, como em nenhum outro ramo de negócios, une funcionários, consumidores e acionistas em um objetivo comum e maior do que interesses particulares de cada um deles.
Desde que os romanos passaram a pregar em locais públicos sua Acta Diurna, o manuscrito em que informavam sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas. Mas, para chegar ao auge, a humanidade precisou fazer uma descoberta até hoje insubstituível (o papel), duas invenções geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança social (a alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio, não é como vender colírio ou fabricar escadas rolantes.
(André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com adaptações)
A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase: