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“Redimensionar a Educação Física no Ensino Médio é fundamental, seja para a ocupação de um espaço de aprendizagem na escola, seja para mostrar a íntima relação dos conhecimentos que essa disciplina tem com a realidade mais ampla da vida do aluno, visando dotá-lo de autonomia para toda a vida” (PICCOLO; MOREIRA, 2012, p.13). Neste mesmo sentido, os PCN defendem que:
 
I. Uma Educação Física atenta aos problemas do presente não poderá deixar de eleger, como uma das suas orientações centrais, a da educação para saúde. A Educação Física encontra, na orientação pela educação da saúde, um meio de concretização das suas pretensões.
II. No Ensino Médio é importante a inclusão de programas escolares que valorizem o aprendizado e a prática de exercícios de elevação e manutenção da frequência cardíaca em limites submáximos, alongamento e flexibilidade, relaxamento e compensação com o objetivo profilático que desencadearão, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.
III. O esporte deve encontrar seu lugar na escola por meio de uma proposta que atinja a todos os alunos.
IV. Os professores de Educação Física devem propor e desenvolver projetos de ação que realmente alcancem os objetivos do Ensino Médio.
 
Marque a alternativa correta:
Nas orientações contidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’S), “o ensino médio compõe o ciclo de aprofundamento da sistematização do conhecimento. O aluno começa a compreender que há propriedades comuns e lidar com a regularidade científica [...] A Educação Física precisa buscar sua identidade como área de estudo fundamental para compreensão e entendimento do ser humano enquanto produtor de cultura”. (PCN’S, 1999, p.156). Sobre estes aspectos é possível afirmar que:
 
I. Confrontando os objetivos do Ensino Médio com os que têm no cotidiano da Educação Física nas escolas, deparamo-nos com uma incongruência. Enquanto as demais áreas de estudo dedicam-se a aprofundar os conhecimentos dos alunos através de metodologias diversificadas, estudos do meio, exposição de vídeos, apreciação de obras de diversos autores, leituras de textos, solução de problemas, discussão de assuntos atuais e concretos, as aulas do “mais atraente” dos componentes limita-se aos já conhecidos fundamentos do esporte e jogo.
 
II. A influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude, que temos não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da Educação Física aos códigos/sentido da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional.
 
III. Os princípios de rendimento atlético/desportivo determinam relações entre professor e aluno que passam a ser: professor-treinador e alunoatleta, o ideal proposto para o Ensino Médio pelos PCN’S.
 
IV. A Educação Física no Ensino Médio precisa romper com a ideia de compreender e entender o ser humano enquanto produtor de cultura.
 
As alternativas corretas são:
Adolescentes muitas vezes seguem modismos de treinamento que encontram em sites não técnicos. Adriel, obeso, 15 anos, foi um desses. Ao abrir um blog, resolveu seguir a orientação de um leigo sobre treinamento de corrida para emagrecimento. Com quinze dias de treinamento, sentindo fortes dores no pé, procurou seu professor de Educação Física para saber quais os nomes dos ossos do seu pé que se encontravam doloridos. O professor de Adriel constatou que as dores estavam na região do tarso. Nas alternativas abaixo, aponte aquela que apresenta os ossos do tarso:
Durante uma aula de Educação Física, Maria, 16 anos, curiosa sobre uma reportagem que tratava sobre o aumento de hemácias decorrentes do treinamento na altitude, pergunta ao professor: Professor, em que parte do nosso corpo as hemácias são formadas? Escolha a alternativa que responde a pergunta de Maria.

Historicamente, as influências militares sobre a educação física e a ginástica escolar evidenciavam a utilização de atividades estritamente práticas, as quais objetivavam o aprendizado e o aprimoramento técnico. Darido (1995) relata que, até a década de 1980, era claramente observável uma ênfase na formação esportivista do professor de educação física escolar, que estava ligada ao esporte de rendimento máximo. Dessa forma, valorizava-se a seleção dos mais habilidosos, sendo que, para cumprir tais finalidades, os profissionais de educação física eram formados na perspectiva do “saber fazer para ensinar”.

Contrapondo-se a esse modelo, em meados da década de 1980, algumas Instituições de Ensino Superior lançaram novas propostas curriculares em que a ênfase passou a ser o conhecimento científico. Dessa forma, a formação do profissional de educação física deixa de ter sua ênfase na prática de modalidades esportivas para a valorização da teoria. Essa nova perspectiva baseia-se na premissa de que o ensino é ou deveria ser uma ciência. Assim, a solução dos problemas práticos na educação física deve ser proveniente de estudos acadêmicos que, por meio de princípios universais de ensino e generalizações, viabilizem a construção de uma única e grande teoria. Na tentativa de atenuar esse afastamento entre teoria e prática na formação curricular presentes nessas duas propostas, Darido (1995) sugere que seja adotado um modelo curricular em que a prática de ensino não se faça presente apenas no final da formação, mas que possibilite e estimule a prática desde a formação inicial, por meio de uma reflexão na ação e sobre a ação.

Nesse contexto, Marcellino (1995) relata a existência de uma falsa dicotomia entre teoria e prática na educação física. Para esse autor, teoria e prática não podem ser vistos como antagônicas, mas como algo englobado em um conceito único. Geralmente, a teoria é vista como um discurso que se mostra distante da realidade e da experiência vivida. Já a prática é, muitas vezes, vista como uma experiência desvinculada da teoria, o que implica caracterizá-la como uma ação desprovida de sentido. Na educação física, essa problemática é ainda mais intensa, pois existe uma tendência de associar a prática da educação física exclusivamente à realização de alguma modalidade esportiva ou atividade corporal, o que torna a relação com a teoria ainda mais restrita. Uma abordagem crítica da educação física pressupõe que o professor deverá selecionar os conteúdos nas aulas de modo a propiciar ao aluno a leitura da realidade sociocultural em que ele está inserido.

Nesse contexto, a educação física passa a ser entendida como uma disciplina que trata de um tipo de conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte, a dança, as lutas e demais formas de manifestação do movimento. Para tanto, torna-se imprescindível que o professor realize o planejamento de suas aulas, considerando as características dos alunos, suas vivências e experiências, bem como o contexto sociocultural no qual a escola encontra-se.

As diversas abordagens da educação física escolar e suas relações com Filosofia, História e Sociologia identificam a necessidade de superar a dicotomia entre teorias educacionais e organização didática de sua prática docente. Para elaborar o planejamento das atividades pedagógicas é correto que o professor: