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A historiadora Lynn Hunt, em História da Vida Privada: da Revolução Francesa à primeira Guerra Mundial (2001), afirma que, durante a Revolução Francesa, as fronteiras entre a vida privada e vida pública apresentaram grandes flutuações, tendo o espírito público invadido as esferas habitualmente privadas da vida, fazendo essa última sofrer a mais dura agressão da história ocidental.
Como se observa no texto, os revolucionários da França do século XVIII empenharam-se em traçar a diferença entre as dimensões do público e as do privado. Essa diferença é bem observada na

A coroa portuguesa instituiu o Estado do Maranhão independente do Estado do Brasil. Conforme Carta Régia de junho de 1621, o Estado do Maranhão abrangeu o vasto território do Ceará até as margens do Rio Oiapoque. Extinto em 1652 e restaurado em 1654, perdeu o Ceará, em 1656, e tomou nova forma em 1774, com o nome de Estado do Maranhão e Grão-Pará.

(LACROIX, Maria de Lourdes Lauande. A fundação francesa de São Luís e seus mitos. São Luís: Editora UEMA,2008, p.63)


O período da organização administrativa do Maranhão, destacado no texto acima,

[...]. No mundo dos engenhos, a mobilidade que permitia a transformação de lavradores em proprietários, escravos em libertos, trabalhadores em patrões, ou simplesmente, de negro em branco, foi mais evidente nas categorias de trabalhadores assalariados, que sempre estiveram presentes no processo do fabrico do açúcar. Muito embora a mão de obra escrava caracterizasse a economia açucareira no Brasil, desde seus primórdios até o final século XIX e os cativos sempre fossem preponderantes como força de trabalho, o caráter da produção açucareira e suas exigências específicas criaram a necessidade de um grupo de assalariados no cerne do processo. [...]. (SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Cia. das Letas,2011. p.261).
O trecho remete ao universo da produção do açúcar na economia colonial e às relações de trabalho que lhe deram suporte, dando destaque para
Procurando determinar os contrastes entre o comércio de africanos e o comércio de índios, examino o contexto ligado às práticas comutativas por meio das quais o escravo é obtido por métodos convencionados e transações preestabelecidas. Leis sucessivamente editadas permitiam três modos de apropriação de indígenas: os resgates, os cativeiros e os descimentos. (ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p.119).
O autor cita os três principais modos de aquisição de mão de obra indígena para o trabalho compulsório, no Brasil colonial. Em relação a esses modos de aquisição, justifica-se considerar que
O Renascimento, ou os renascimentos, essa prodigiosa riqueza de manifestações variadas e divergentes, presta-se de maneira excepcional, neste caso, como uma lição sobre a vitalidade incontrolável da cultura humana, quando atravessada por um sopro ou um anseio geral de liberdade. Se a complexidade que o movimento renascentista representou deve ser vista como a raiz de nossa consciência moderna, então não se deve ressaltar apenas a dimensão metódica e harmoniosa em torno de um só eixo dessa consciência. (SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento.17 ed. São Paulo: Atual,1994. p.85. Coleção Discutindo a história).
O texto faz referência à “racionalização crescente e avassaladora da experiência humana”. Esse importante processo