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“Epicuro e Lucrécio foram os últimos representantes da tradição hedonista grega. Ela foi sendo lentamente riscada do mapa até desaparecer completamente na antiguidade tardia. O próprio imperador Juliano justificava, no século IV, o desaparecimento dos escritos de Epicuro como efeito da intervenção direta dos deuses. Santo Agostinho, por outro lado, em uma carta do ano 410, afirmava que estoicos e epicuristas não fariam mais parte da escola de retórica. Esses são sinais do apagamento do epicurismo no mundo antigo. Com ele, desaparece o hedonismo grego.”
O combate ao hedonismo na antiguidade tardia se fez a partir:
“A Vontade que, considerada puramente em si, destituída de conhecimento, é apenas um ímpeto cego e irresistível – como a vemos aparecer na natureza inorgânica e na natureza vegetal, assim como na parte vegetativa de nossa própria vida – atinge, pela entrada em cena do mundo como representação desenvolvida para seu serviço, o conhecimento de sua volição e daquilo que ela é e quer, a saber, nada senão este mundo, a vida, justamente como esta existe.”
A partir da filosofia de Arthur Schopenhauer, o mundo fenomênico expressa:
“Por isso, em nossa peregrinação, recebemos dele o penhor de já sermos luz; ele já nos salvou pela esperança e, de filhos da noite e das trevas que éramos, ele fez filhos da luz e do dia. Na incerteza da ciência humana, só tu és capaz de distinguir entre uns e outros, porque pões nossos corações à prova e chamas à luz dia e às trevas noite. Quem, senão tu, sabe nos distinguir? E que temos nós que não o tenhamos recebido de ti? Nós, feitos vasos de honra, fomos feitos da mesma argila que serviu para fazer os vasos de ignomínia.”
Para Santo Agostinho, a possibilidade de acesso às verdades reveladas depende da (o):
Santo Agostinho foi o maior expoente da filosofia medieval cristã em sua primeira fase, identificada como:
“Dois dos regimes mais abomináveis da história da humanidade chegaram ao poder no século XX, e ambos se estabeleceram com base na violação e no esfacelamento da verdade, cientes de que o cinismo, o cansaço e o medo podem tornar as pessoas suscetíveis a mentiras e falsas promessas de líderes determinados a alcançar o poder incondicional. Como Hannah Arendt escreveu em seu livro de 1951, Origens do totalitarismo: 'O súdito ideal do governo totalitário não é o nazista convicto nem o comunista convicto, mas aquele para quem já não existe a diferença entre o fato e a ficção (isto é, a realidade da experiência) e a diferença entre o verdadeiro e o falso (isto é, os critérios do pensamento)'.
A partir da filosofia de Hannah Arendt e a analítica do poder de Michel Foucault, a não distinção entre o fato e a ficção, entre o verdadeiro e o falso, são estratégias das relações de poder que permitem: