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É Azevedo Amaral quem melhor concretiza o real significado político das alternativas existentes em 1930. Para ele tratava-se de correr enorme risco de optar entre a oligarquia e a desordem, uma vez que o esforço revolucionário poderia, de fato, precipitar o país numa situação anárquica. É por esta razão que Azevedo Amaral atribui à Revolução de 1930, em suas origens “um acentuado colorido conservador”. Tratava-se de impedir que o antigo regime oligárquico desmoronasse ante às ameaças crescentes de caos (GOMES,1994, p.200-210).

Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I- Sob a ótica de teóricos autoritários, legitimadores do movimento de 1930 e artífices da ordem subsequente – como Azevedo Amaral –, o discurso que compreende o movimento de 1930 como uma revolução crítica de forma direta à primeira República – entendida como República Velha, já que não trouxe o progresso para o país – e o Estado liberal impregnado pelos valores europeus. Portanto, sob essa ótica, a Revolução de 1930 salvaria o país da catástrofe. Entretanto, e esquerda rebate essa ideia e critica a noção de Revolução de 1930, centrada no discurso fundado na memória dos dominantes.
PORQUE
II- Dessa forma, a visão da esquerda questiona a noção consagrada pela historiografia existente e procura discutir o silêncio que se impôs aos vencidos, com destaque para o proletariado, que não pode ser compreendido como protagonista menor na história do Brasil. De acordo com esse enfoque, existia diversidade de projetos históricos para o país, e a luta de classes não pode ser esquecida.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa CORRETA:
No Brasil, a existência de um Estado, na prática, centralizador e autoritário que atendia aos interesses de determinados grupos sociais estava baseada na participação dos municípios brasileiros. Além das atribuições locais, os municípios eram responsáveis pela realização das eleições e tinham importante participação tanto na receita quanto na organização policial e judiciária. Assim, um fenômeno político que bem caracteriza a Primeira República é o coronelismo, marcado por uma relação de compromisso, clientela e compadrio entre os proprietários e a população campesina. (BORGES, BRITO,2011, p.18).
Quanto à ordem oligárquica e a Primeira República, considere os itens a seguir:
I- A despeito da política dos estados, existiram momentos em que o consenso oligárquico se rompeu. Portanto, nesta fase da história republicana, existiram vozes dissonantes que se manifestaram em diversos momentos anteriores a 1930. No princípio do século XX, por exemplo, as autoridades enfrentaram os desafios que o incipiente movimento operário apresentava.
II- Nos setores oligárquicos, era possível perceber um dissenso. A política dos governadores não trouxe a estabilidade almejada pelas elites para tranquilizar a República no Brasil e, muito menos, isentou de conflitos alguns estados preponderantes, como São Paulo e Minas Gerais.
III- A respeito da primeira fase republicana, entre 1889 e 1930, algumas concepções se consagraram, valorando-a negativamente e identificando-a como República Velha, República Oligárquica ou República Café com Leite.
IV- A rigidez do sistema republicano não restringiu a participação social da população em assuntos do governo. Exemplo disso foi a Revolta da Vacina.

É CORRETO o que se afirma em:
A melhor conservação das estradas de rodagem e traçado de novos caminhos, a abertura de vias férreas, o progresso nos métodos de beneficiamento de café, com o emprego de máquinas cada vez mais aperfeiçoadas, contribuirão para modificar as relações de produção, favorecendo a passagem do trabalho servil para o trabalho livre, criando maiores possibilidades para a imigração. (...) O movimento abolicionista extinguiu-se com a Abolição. Fora primordialmente uma promoção de brancos, de homens livres. A adesão de escravos viera depois.
Nascera mais dos entraves que esta representava para a economia em desenvolvimento, do que propriamente do desejo de libertar a raça escravizada em benefício dela própria, para integrá-la à sociedade dos homens livres. Alcançado o ato emancipador (Abolição da escravidão em 1888), abandonou-se a população de ex-escravos à sua própria sorte (COSTA,1966, p.154-450).

Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A partir da proibição do tráfico negreiro (1850) e, consequentemente, do fim da importação de escravos africanos, era imprescindível encontrar uma solução para a substituição da força de trabalho. No plano social, a imigração de trabalhadores não teria como apagar a marca da escravidão, que deixou sinais no país desde os tempos coloniais.
PORQUE
II. As modernizações do período não garantiram que a economia brasileira sofresse transformações radicais. Entretanto, as mudanças operadas e o fim da escravidão foram suficientes para solapar as bases sociais, econômicas e políticas da Monarquia, abrindo caminho para a proclamação da República.

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa CORRETA:
O Estado, que se construiu até por volta de 1850, teve como sustentáculo essas duas instituições: a monarquia e a escravidão. Caindo a escravidão em 1888, desmoronou o Estado imperial. Mas é preciso ponderação na análise das causas da queda do regime monárquico. Fatores de ordem diversa contribuíram para isso. (MALERBA,1999, p.144).

De acordo com o trecho acima e considerando a campanha abolicionista e a lei Áurea, assinale alternativa CORRETA:
A herança escravista deitou raízes tão profundas na sociedade brasileira que ainda hoje se fazem sentir. Além da inabarcável contribuição da cultura negra, são exemplos importantes as fronteiras mal delimitadas entre as esferas pública e privada e a semelhança estrutural entre ambas, principalmente até o final do Império. (MALERBA,1999, p.39).
De acordo com o trecho acima e considerando a sociedade escravagista e a construção do estado brasileiro, assinale a alternativa CORRETA: