A hipoglicemia neonatal é uma doença de origem metabólica que ocorre apenas nas primeiras 24 horas de vida dos leitões, caracteriza-se por falha na gliconeogênese e taxas subnormais de glicose no sangue.

O reparo cirúrgico de hérnias inguinais e escrotais é realizado através de uma incisão oblíqua sobre a região do anel inguinal acometido, dissecando o tecido subcutâneo e buscando isolar a túnica vaginal, que deve ser mantida intacta. O saco herniário é removido através da incisão inguinal. A túnica e os testículos são torcidos e os intestinos forçados para dentro da cavidade peritoneal. Posteriormente, a túnica e testículos são transfixados próximos ao anel inguinal, em seguida são cortados e o local de incisão suturado.

A artrogripose é uma malformação óssea congênita, que pode atingir um ou mais leitões da leitegada, que se configura como o afrouxamento das juntas ou articulações em vários graus de flexão ou extensão sendo que os membros e coluna vertebral também podem ser afetados.

A colibacilose neonatal é uma infecção intestinal que acomete leitões nos primeiros cinco dias de vida, provoca um quadro severo de diarreia, com curso quase sempre fatal. A Salmonella é o agente etiológico, sendo descritos aproximadamente 30 sorotipos associados às infecções em suínos. O agente é comensal do intestino delgado (ID).

Atresia anal é um defeito congênito comum em animais, que frequentemente acomete leitões. Sua ocorrência está relacionada à falha na perfuração da membrana que separa o endoderma do intestino posterior da membrana anal ectodérmica. Entretanto, mesmo que o esfíncter muscular e o reto estejam desenvolvidos, a reparação cirúrgica não pode ser realizada devido à pouca idade do animal.

As hérnias umbilicais desenvolvem-se em 0,5-2% dos equinos jovens. Fatores que predispõem o desenvolvimento de hérnias incluem tração excessiva do cordão umbilical e infecções umbilicais. Muitas dessas hérnias são pequenas (menores que 5 cm), enquanto há hérnias maiores (maiores que 10 cm), para ambas é necessário exclusivamente o tratamento cirúrgico.

A síndrome da asfixia perinatal é oriunda da falta de oxigenação celular, normalmente resultando da combinação de hipoxemia e isquemia. Acomete os potros apenas no terço final da gestação e nas primeiras 24 horas pós-parto.

As obstruções intestinais ocorrem principalmente em potros de 2 a 4 meses, idade em que ocorre alteração na alimentação, além do desenvolvimento do intestino grosso. O tratamento é exclusivamente cirúrgico, de grande urgência para aumentar as chances de recuperação e evitar peritonite. Após laparotomia exploratória, o trecho intestinal comprometido deve ser ressecado, conforme a viabilidade do segmento intestinal.

A principal causa de retenção de mecônio é a ingestão de colostro de baixa qualidade. Em condições normais, após a primeira mamada do colostro, o mecônio é eliminado dentro das primeiras 36 horas pós-parto.

A ruptura de vesícula urinária pode chegar a causar uroperitônio nos potros, a depender se a bexiga estava repleta ou não no momento do rompimento.

As onfalopatias são doenças que acometem o umbigo podendo ser classificadas como não infecciosas (hérnias, persistência de úraco, neoplasias, defeitos congênitos) e infeciosas, sendo que as onfalopatias podem ser denominadas como extra-abdominais (onfalites) ou intraabdominais (onfaloflebites). Dentre as principais bactérias oportunistas causadoras das onfalites podemos destacar: Staphylococcus spp., Streptococcus spp., Actinomyces pyogenes, Escherichia coli e Proteus spp. Além das infecções bacterianas pode haver infestações pela larva da mosca Cochliomya hominivorax conhecida popularmente por “bicheira”.

Poliartrite é uma inflamação generalizada das articulações pouco comuns em bezerros e frequente em animais adultos.

A diarreia causada por Eimeriose é uma diarreia pastosa, esbranquiçada ou amarelada, abundante, podendo progredir rapidamente para diarreia aquosa severa, seguida por desidratação, acidose metabólica e morte.

O Complexo de Doenças Respiratórias de Bezerros (CDRB) envolve a Rinotraqueíte infecciosa bovina que é caracterizada pela inflamação dos bronquíolos e parênquima pulmonar devido a instalação de microrganismos nesse órgão.

A tristeza parasitária bovina (TPB), é uma doença infecciosa e parasitária causada pela ricketsia do gênero Erlichia (erliquia) e um protozoário do gênero Giardia (giardíase), transmitida aos animais através do carrapato dos bovinos.

A Epidermite exsudativa é uma doença de pele que acomete principalmente suínos adultos, cujo agente etiológico é uma bactéria comensal da pele chamada Staphylococcus hyicus.

A Dermatofitose (“ringworm”) pode ser diagnosticada em todas as idades, embora teoricamente seja mais provável de ser encontrada em leitões. Condições sanitárias impróprias e densidade populacional inadequada favorecem a instalação e disseminação da micose.

O primeiro sinal clínico de Dermatite Pustular Psoariforme é o aparecimento de pequenas pápulas eritematosas com bordo elevado de coloração avermelhada na área da boca e pescoço do suíno.

A “assadura” do períneo não tem correlação com o pH da urina nas dietas anormais, como a polpa de cítricos.

Pode-se produzir eritema de trânsito como consequência de um transporte estressante, o que se torna uma lesão de pele permanente, mesmo com o descanso.

Astenia dérmica regional hereditária (ADRHE): é encontrada em cavalos de raça, como o Quarto de Milha, devido a fragilidade da pele e tem como principais sinais a coceira e ferimentos, diretamente no dorso, membros e pescoço.

Inchaços não cancerosos ou queloides são resultantes das reações alérgicas a infecções dérmicas.

As lesões cancerosas ocorrem em animais de pelagem escura devido à exposição ao sol, podendo se espalhar pelo corpo.

Dermatite nos membros inferiores causada exclusivamente por fungos, podendo levar a diminuição do pelo na região infectada e apresentar até mesmo feridas.

A habronemose (cutânea) equina, também conhecida como “esponja” ou “feridas de verão”, é uma verminose causada pelo ciclo errático de larvas dos nematódeos Habronema spp e Drashia megastoma. A doença é mais comum no verão por se tratar do período em que os mosquitos-palha se reproduzem em maior velocidade, favorecendo o ciclo da habronemose.