deve ser desconsiderada na perspectiva de sua relação com os outros sistemas: o mental, o emocional, o estético, o religioso entre outros.

deve contribuir no processo de formação do cidadão que vai reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício de sua qualidade de vida.

deve ser compreendida como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, alinhando-se aos objetivos educacionais e facilitando/promovendo a educação do corpo e movimento para a diversidade.

deve auxiliar no desenvolvimento do indivíduo nas demais disciplinas, porque se o ser humano possui uma prática de atividade física saudável poderá contribuir para o desenvolvimento moral, social e cultural através da interação com seus pares.

sendo assim, se faz necessário ostentar planos de ensino inclusivos e participativos para suplantar o histórico da EF que, embora estejamos em pleno século XXI, ainda adota em muitos momentos a seletividade do indivíduo em aptos ou inaptos.

A apropriação de tais conhecimentos exige um envolvimento corporal com os conteúdos, uma experiência vivenciada com o corpo.

Aulas de EF são, portanto, um espaço de aprendizado desses conhecimentos, os quais também podem ser vivenciados em outros espaços educativos, dentro da própria escola ou em clubes, praças, escolas de esporte, academias de ginástica, entre outros.

Uma dimensão importante, embora não exclusiva, do aprendizado desses conhecimentos diz respeito ao corpo, à expressão corporal, ao resto, às habilidades, às técnicas, à tática e à execução de movimentos.

Em pesquisa na qual foi investigada a prevalência de inatividade física entre adolescentes, por meio de uma metanálise de artigos publicados em bases de dados, os resultados estratificados por sexo foram bastante heterogêneos e as taxas de prevalência de inatividade variaram de 2% a 80% entre os homens e de 14% a 91% entre as mulheres.

Pesquisas em aulas de EF têm identificado diferenças e desigualdades de gênero no acesso de crianças e jovens à cultura corporal de movimento. Por outro lado, semelhanças expressas em aulas de EF têm desmotivado o desenvolvimento de um conjunto significativo de pesquisas sobre as relações de gênero presentes em turmas mistas – aquelas em que meninas e meninos fazem aulas de EF juntos.

era considerado o método tradicional de ensino.

trata-se de um método extremamente focado no comando do professor e um ensino rígido, enérgico e de caráter imitativo.

caracterizava-se pelo fracionamento das partes de cada esporte, iniciando pela aprendizagem dos fragmentos, seguindo para a aprendizagem da união destas partes até chegar ao jogo propriamente dito.

os professores focalizam seu trabalho no ensino de técnicas desportivas coletivas e sistemas de jogos individuais, em geral usando modelos que repetem e imitam os modelos de treinamento das crianças, com certas adaptações para os adultos.

por ser esta forma de ensino adotada por muitos anos em praticamente todos os cursos de formação universitária em Educação Física, tornou-se quase hegemônica, marcando uma tradição no ensino dos esportes coletivos nas universidades e escolas de Educação Básica.

sem prática há EF, mas não há esporte e não há o porquê de propormos e desenvolvermos um livro didático nesse sentido.

aprender as habilidades motoras específicas do basquetebol não significa aprender a organizar-se socialmente para jogar; compreender as regras como elemento é que torna o joga possível.

o seu ensino deverá abranger somente os conhecimentos práticos, dando oportunidade ao aluno de aprender e vivenciar seus fundamentos, compreender suas regras, bem como conhecer sua história e evolução.

o livro didático não contribui para que o aluno compreenda o esporte, uma vez que leituras e atividades didáticas realizadas durante ou após a aula, com ou sem o acompanhamento do professor, mas sempre mediado por esse, não agregam valor prático.

o estudo dos jogos esportivos coletivos acompanhado de um livro didático permite ao aluno ter contato, de forma mais sistematizada, com a história e evolução do esporte, enquanto fenômeno, e de modalidades esportivas, e poder ter acesso às regras a partir de uma linguagem mais adequada, diferente daquela utilizada nos livros de regras oficiais das federações e confederações esportivas.

O fator determinante para o ingresso de um aluno iniciante em uma prática esportiva extracurricular se designa como fato genético, ou seja, primeiramente ele tem que gostar do que está praticando.

Nos dias atuais, a mídia abre um grande espaço para as modalidades esportivas individuais, logo o índice da popularidade desses esportes vem crescendo de forma significativa em relação às décadas passadas.

Os esportes individuais encontram-se em uma posição indiscutível de destaque e essa visibilidade desperta nas crianças a vontade de ser como um ídolo, viver o momento de fazer o ponto e o desejo de praticar esporte.

O aluno atualmente aprende, mais por si próprio em seus momentos de lazer, como praticar esportes nos campos de areia e na rua, do que com um professor que, em alguns casos, não possuí o embasamento teórico e o planejamento necessários para chegar a um resultado satisfatório de aprendizado.

A escola é a célula de origem da iniciação esportiva e perpassa sua influência às diferentes (escolinhas e clubes) que atualmente se desenvolvem. Sendo assim, várias escolas oferecem aos seus alunos atividades esportivas no contra turno escolar, ou seja, as Práticas Esportivas Extracurriculares podem estar integradas ao Projeto Político Pedagógico da escola e ser uma saída para o ensino dos esportes coletivos.