As campanhas de vacinação, por terem o poder de proteger o indivíduo contra determinadas doenças, mantendo intactas as condições sanitárias e ambientais propícias ao desenvolvimento de agentes e de vetores, passaram, em algumas conjunturas, a ser acusadas de responsáveis por desviar a atenção de autoridades e da sociedade da determinação de base econômica e social, em última análise, responsável pela criação das condições sociais do adoecer e morrer. Tratava-se, na realidade, de uma polêmica situada mais no campo da política e da ideologia, considerando a caracterização das campanhas como espaço de afirmação de uma prática de saúde pública criticada e contestada, pela sua excessiva centralização e tradição autoritárias, uma falsa contradição entre o que, na visão dos reformistas, seria instrumento de uma concepção ultrapassada para lidar com os problemas sanitários e as novas ideias em gestação no interior do então ainda incipiente movimento da reforma sanitária brasileira.
J. G. Temporão. O Programa Nacional de Imunizações (PNI):
origens e desenvolvimento. In: Hist. Ciênc. Saúde-Manguinhos.
Rio de Janeiro, v. 10, supl. 2, 2003 (com adaptações).
Acerca da vacinação e da prevenção de doenças infectocontagiosas, julgue os itens a seguir.
O SUS trabalha com três diferentes calendários de vacinação: da criança; do adolescente; e do adulto e do idoso, havendo ainda um programa de imunobiológicos especiais para pessoas com indicação clínica restrita.