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Quando Pedro Álvares Cabral e seus homens chegaram à costa atual da Bahia, em 1500, não havia, claro, nem Brasil nem brasileiros. Pode ser, como querem muitos historiadores, que outros tenham andado por aqui ali antes, mas disso não ficou registro consistente, e foram Pero Vaz de Caminha e Mestre João os autores das primeiras narrativas sobre a nova terra e seu céu ( ... ) A ideia geral sobre o espaço físico era então vaga, falha em detalhes, e os portugueses empenharam-se em suplantar essa indefinição por décadas, o que ocupou bem mais do que o aproveitamento econômico da terra. SOUZA, L. O nome do Brasil. Disponível em historia .fflch .usp.br/sites/historia. Acesso em 09/07/2014.
Nas primeiras décadas após a chegada de Cabral, em 1500, o aproveitamento econômico da terra pelos portugueses foi pequeno, porque a( o):
Os indígenas foram derrotados também pelo assombro. O imperador Montezuma recebeu, em seu palácio, as primeiras notícias: um grande monte andava mexendo-se pelo mar. outros mensageiros chegaram depois( ... ). Montezuma acreditou que era o deus Quetzalcoatl que voltava. Oito presságios haviam anunciado, pouco antes, o retorno. Os caçadores lhe tinham trazido uma ave que tinha na cabeça um diadema redondo, com a forma de um espelho, que refletia o céu e o sol em direção ao poente( ... ) GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1990, p 9.
Galeano, conforme o texto, indica o assombro como uma das causas da fragilidade dos índios da América diante dos espanhóis, no processo de conquista da América, no final do século XV e início do XVI. Na região dos Andes, Pizarro organizou expedição e conquistou, em 1533, Cuzco, no Império Inca. Os historiadores destacam como causa do sucesso de Pizarro:
Os portugueses foram pioneiros nas Grandes Navegações que marcaram o início da Idade Moderna (XV- XVIII), tendo contribuído para tal pioneirismo a:
Acabando com a importação das mercadorias fabricadas no estrangeiro, e que poderiam sê-lo entre nós, restringindo a exportação de nossas lãs, peles e outros produtos no estado bruto, chamando artesãos de fora sob o controle das cidades, fabricando mercadorias suscetíveis de serem exportadas pelo exame destas mercadorias, e pela aposição sobre elas, antes que possam ser vendidas, do selo da cidade, penso que nossas cidades brevemente poderiam reencontrar sua antiga riqueza. DEYON, P. O Mercantilismo. São Paulo: Perspectiva,1969, p.22.
De acordo com a lógica do Mercantilismo (Europa: XV-XVIII), para garantir o enriquecimento do Estado, era necessário que fossem:
O rei tem em si dois corpos, a saber, um corpo natural e um corpo político. Seu corpo natural é um corpo mortal, sujeito a todas as enfermidades que ocorrem por natureza ou acidente, à imbecilidade da infância ou da velhice e a defeitos similares que ocorrem aos corpos naturais das outras pessoas. Mas seu corpo político é um corpo que não pode ser visto ou tocado, composto de política e governo, e constituído para a condição do povo e para a administração do bem-estar público, e esse corpo é extremamente vazio de infância e velhice e de outros defeitos e imbecilidades naturais, a que o corpo natural está sujeito, e, devido a esta causa, o que o Rei fez em seu corpo político não pode ser invalidado ou frustrado por qualquer incapacidade em seu corpo natural. PLOWDEN, E. Os dois corpos do rei. São Paulo: Cia das Letras, 1998, p.21 .
Com o poder real respeitado e a administração fortalecida pela organização estatal, pensadores dedicaram-se a estudar a natureza do poder político dos monarcas. Entre as teses elaboradas, destaca-se a defesa da: