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Na passagem do idealismo para o materialismo dialético, Ludwig Feuerbach (1804-1872), hegeliano de esquerda, foi uma figura-chave. Feuerbach sustentava que a alienação fundamental tem suas raízes no fenômeno religioso, que cinde a natureza humana, fazendo com que os homens se submetam a forças divinas, as quais, embora criadas por eles próprios, são percebidas como autônomas e superiores. O mundo religioso é concebido por Feuerbach como uma projeção fantástica da mente humana, por isso mesmo alienada. A supressão desse mundo, por meio da crítica religiosa, faria desaparecer a própria alienação, promovendo a liberação da consciência. Embora inicialmente seduzidos pelas teses de Feuerbach, logo Marx e Engels rebateram-nas vigorosamente por considerarem tal crítica religiosa uma simples “luta contra frases”. É nesse ponto que a teoria marxista articula a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica, negando, assim, tanto o idealismo hegeliano quanto o materialismo dos neo-hegelianos.
(QUINTANEIRO,2002.)
Segundo Marx, os economistas de seu tempo não reconhecem a historicidade dos fenômenos que se manifestam na sociedade capitalista; por isso, suas teorias são comparáveis às dos teólogos. Ele questiona uma série de teorias e cria, por sua vez, teorias que até hoje geram longas discussões. O materialismo histórico e dialético, por exemplo, é um importante viés da teoria marxista; que ele afirma que:
Peter L. Berger e Thomas Luckman (2006), em sua obra, “A Construção Social da Realidade”, defenderam o processo de socialização como algo existente desde os primórdios da evolução humana, sendo essencial para a construção das sociedades em diferentes âmbitos do mundo. A definição literal de socialização é entendida como coletividade, como ato ou efeito de socializar, enquanto na sociologia ela é vista como um processo pelo qual o indivíduo é biologicamente integrado numa sociedade. De acordo com os mesmos autores, um ser humano não se insere em uma sociedade de fato, caso esteja sozinho. A ideia de que ele se torne um homem estando isolado é utópica. A construção de uma sociedade provém da relação entre um grupo de indivíduos, ou seja, o processo de socialização se inicia quando uma comunidade interage entre si, criando hábitos, costumes e, por fim, regras a serem seguidas. Dessa forma, analisam a atividade humana como conduta no ambiente material e também na exteriorização de significados subjetivos, além de afirmarem que toda atividade humana está sujeita a hábitos.
(BERGER, P. L; LUCKAMANN,2006.)

Para a sociedade moderna entender o processo de socialização é importante para construir sociedades em vários contextos sociais. De acordo com as ideias do sociólogo francês Émily Durkheim:
É mais ou menos consensual no âmbito das ciências sociais que a palavra “positivismo” tenha em alguns momentos um significado negativo, assim como já possuiu um significado positivo. Acompanhar a mudança de valoração dessa palavra é historiar uma parte importante da história das ciências sociais no Brasil e no mundo ao longo do século XX e início do século XXI. Por outro lado, o conteúdo desse “positivismo” não é algo consensual nem muito menos preciso, variando desde a equivalência à reação política da burguesia (com Lênin) até à razão instrumental que desumaniza (com a Escola de Frankfurt). Ainda afirma-se que o positivismo jurídico, o comportamentalismo psicológico, o positivismo na História são variações, ou melhor, aplicações do positivismo original, vinculado à filosofia e à sociologia.
(TISKI, Sérgio.2007. A questão da moral em Augusto Comte. Londrina: UEL.)
Em quaisquer dessas hipóteses, a origem do “positivismo” é atribuída ao francês Augusto Comte (1798-1857), autor de várias publicações consideradas de muito valor. Dentre as suas ideias, encontra-se a afirmação de que:
A sociologia do século XIX marca incontestavelmente o momento da reflexão dos homens sobre eles mesmos, aquele em que o social como tal é posto em questão [...]. Ela também exprime uma intenção não radicalmente nova, mas original por seu radicalismo, a de um conhecimento propriamente científico, baseado no modelo das ciências da natureza, tendo em vista o mesmo objetivo: o conhecimento científico deveria dar aos homens o controle de sua sociedade e de sua história assim como a física e a química lhes possibilitaram o controle das forças naturais.
(ARON, Raymond. Apud CASTRO, Anna M. de; DIAS, Edmundo (Org.). Introdução ao pensamento sociológico. Rio de Janeiro: Eldorado,1974. p.24.)
A reflexão sobre as origens e a natureza da vida social é quase tão antiga quanto a própria humanidade, mas a sociologia, como um campo delimitado do saber científico, só chega em meados do século XIX na Europa. A emergência da sociologia como ciência está relacionada, dentre outros fatores:
[...] a Reforma significou não tanto a eliminação da dominação eclesiástica sobre a vida de modo geral, quanto à substituição de sua forma vigente por outra. E substituição de uma dominação extremamente cômoda que, na época, mal se fazia sentir na prática, quase só formal muitas vezes, por uma regulamentação levada a sério e infinitamente incômoda da conduta de vida como um todo, que penetrava todas as esferas da vida doméstica e pública até os limites do concebível.
(WEBER,2004, p.30.)

Max Weber realizou estudos pioneiros e elaborou importantes teorias da sociologia econômica e da sociologia das religiões. Em seus estudos concluiu que: