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“A indispensável participação do indígena na empresa exploradora do pau-brasil fez com que se apresentasse, já de início, uma primeira amostra e como que modelo em miniatura do padrão da futura organização das relações de produção e da estrutura socioeconômica básica da sociedade brasileira”.
PRADO JÚNIOR, Caio. História e desenvolvimento: a contribuição da historiografia para a teoria e prática do desenvolvimento brasileiro. São Paulo: Brasiliense,1999, p.46.
Sobre o contexto histórico a que o excerto faz referência, assinale a alternativa que apresenta o “modelo do padrão da futura organização” da estrutura socioeconômica brasileira a que Caio Prado Júnior faz referência.
“A língua não é um instrumento de exclusão: em princípio, qualquer um pode aprender qualquer língua. Pelo contrário, ela é fundamentalmente inclusive, limitada apenas pela fatalidade de Babel: ninguém vive o suficiente para aprender todas as línguas. O que inventa o nacionalismo é a língua impressa, e não uma língua particular em si”.
ANDERSON, Benedict R. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. Trad. Denise Bottman. São Paulo: Companhia das Letras,2008, p.190.
O trecho acima, extraído do historiador e cientista político Benedict Anderson, trata de uma questão fundamental do contexto pós Segunda Guerra Mundial: a de que as revoluções vitoriosas se definiam em termos nacionais. O fortalecimento daquilo que denominou Comunidades Imaginadas foi fundamental para promover uma fraternidade no âmbito das fronteiras nacionais ainda que condições de exploração e de desigualdade permanecessem. Sobre este assunto, assinale a alternativa incorreta.
“No século XIX, a abordagem europeia à história asiática tornou-se cada vez mais dominada pelos sentimentos de superioridade europeia e por uma convicção do atraso asiático. Isso, no entanto, foi apenas um fenômeno bastante recente, pois os historiadores europeus tradicionalmente demonstraram um grande respeito pelas antigas civilizações da Ásia. Foi muito diferente da atitude europeia para com a África, que foi sempre considerada um continente a-histórico e o povo africano um povo sem civilização e, por isso, sem história”.
WESSELING, Henk. História de além-mar. IN: BURKE, Peter (org.). A escrita da história: novas perspectivas. Trad. Magda Lopes. São Paulo: Editora Unesp,2011, p.99-133, p.111.
A respeito da escrita da história e a história africana, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) A ampliação da escrita sobre a história do continente africano insere-se no quadro da nova história social e econômica nas décadas de 1920 e 1930.
( ) Dentre os acontecimentos que favoreceram a ampliação da escrita e do debate sobre a história africana, pode-se mencionar a fundação do The Journal of African History.
( ) Uma peculiaridade no caso da história africana é a necessidade de o(a) historiador(a) depender de fontes exógenas, já que há menos material escrito pelos próprios africanos do que os europeus. Dessa forma, documentos produzidos por viajantes gregos, romanos e árabes, comerciantes ou administradores europeus podem ser utilizados como fonte potencial de compreensão da história do continente.
( ) Embora promissoras, a promoção de novas fontes para a história africana a partir da história oral não se adequa de forma producente na escrita da história.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
“Vai-se estendendo a agricultura nas bordas dos rios no interior do país, mas isso com um método que com o tempo será muito prejudicial. Porque consiste em queimar antiquíssimos bosques cujas madeiras, pela facilidade de transporte pelos rios, seriam muito úteis para a construção de navios, ou para a tinturaria, ou para os marceneiros. Queimados estes bosques, semeiam por dois ou três anos, enquanto dura a fertilidade produzida pelas cinzas, a qual diminuída deixam inculto este terreno e queimam outros bosques. E assim vão continuando na destruição dos bosques nas vizinhanças dos rios”.
PÁDUA, José Augusto. Um sopro de destruição: pensamento político e crítica ambiental no Brasil escravista,1786-1888.2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2004, p.42.
O excerto acima, publicado em 1789 pelo naturalista italiano Domenico Agostino Vandelli, mostra um tipo específico de visão a respeito da ocupação do território brasileiro no contexto dos séculos XVIII e XIX. Sobre este assunto, assinale a alternativa incorreta.
“O deslocamento dos jesuítas da Europa para as novas terras apresentou-se como proposta de viagem ao desconhecido, uma ‘jornada tão larga e perigosa’. O fator surpresa era a única certeza da qual não podiam esquivar-se. As novas terras naqueles idos, antes de serem uma realidade concreta, constituíam-se para a maior parte da população europeia como um local longínquo e imaginário que só um grupo muito seleto de navegantes teve oportunidade de experienciar. A evangelização das novas terras, neste contexto, apresentava-se como algo totalmente novo e desconhecido, tão desconhecido quanto a natureza das terras americanas”. ASSUNÇÃO, Paulo de. A terra dos brasis: a natureza da américa portuguesa vista pelos primeiros jesuítas (1549-1596). São Paulo: Annablume,2000, p.77.
O excerto acima contextualiza o processo de chegada e de ocupação dos portugueses no território brasileiro no século XVI, sobretudo com a chegada dos primeiros jesuítas. A respeito deste contexto, analise as afirmativas abaixo.
I. Os primeiros jesuítas desembarcaram no atual território brasileiro em 1549, em uma povoação na Bahia fundada em 1536 (povoação de Francisco Pereira Coutinho).
II. A atividade dos jesuítas no Brasil municiava-se de dois objetivos centrais: a ordem social e a conversão dos indígenas ao cristianismo.
III. A Companhia de Jesus, fundada em 1534, foi fundamental para nortear o plano de evangelização da América portuguesa.
Estão corretas as afirmativas: