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“Quando Qu Tongzhou, uma assistente de fotografia em Xangai, partiu para uma tão aguardada viagem ao oeste da China em junho, ela achou as cidades que visitou pouco acolhedoras. Como efeito colateral das políticas de "zero-covid" do país, os moradores desconfiavam dos viajantes e alguns hotéis recusaram Qu, temendo que ela pudesse trazer o vírus. Então Qu recorreu ao Tantan e ao Jimu, dois aplicativos populares de namoro chineses parecidos com o Tinder. Ela estava ciente dos riscos envolvidos em conhecer estranhos, mas os aplicativos renderam uma fonte de novos amigos, incluindo um empresário de biotecnologia na cidade de Lanzhou, um médico tibetano na cidade de Xining e um funcionário público em Karamay, uma cidade do noroeste de Xinjiang. A cada parada, seus "matches" lhe davam hospedagem e a levavam a bares e outros locais da região”.
(WANG, Zixu e CHE, Chang. Aplicativos de namoro prosperam na China, mas não apenas para romances. Portal Terra. Brasília,25 out2022. Disponível em: < https://www.terra.com.br/noticias/aplicativos-de-namoro-prosperamna-china-mas-nao-apenas-pararomances,629c2fcb3b2fe9b0836ec6766660022csje1nhic.html>. Acesso em 25 jan.2023).


O fragmento de notícia acima, sobre a expansão dos aplicativos de namoro na China, são exemplares do que Zygmunt Bauman definiu, em seu livro Modernidade Líquida, como:
“Com o app da Uber, você pode definir seu próprio horário. Tudo depende do que você deseja: se quer um emprego tradicional de motorista em tempo integral ou meio período, ou se prefere a flexibilidade para trabalhar quando quiser”.
(UBER DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. Dirija quando quiser e ganhe de acordo com suas necessidades,2023. Disponível em: < https://www.uber.com/br/pt-br/>. Acesso em: 25 jan.2023).
No caso da empresa na propaganda citada acima a figura do patrão foi substituída por um aplicativo, e a figura do empregado pela do “parceiro”, que tem flexibilidade e pode trabalhar “quando quiser”. Como consequência desses novos vínculos flexíveis de trabalho podemos destacar

Lélia Gonzales afirmava que no Brasil não falamos português, mas “pretuguês”, que seria a língua portuguesa, dos colonizadores, transformada por expressões e adaptações que marcariam a cultura brasileira. Considerar tais expressões e adaptações como erros gramaticais seria, nos termos da autora, uma das formas pelas quais o mito da democracia racial no país procura
Para Karl Marx a força de trabalho é a mais importante das forças produtivas, pois só o trabalho gera valor. Assim, segundo o autor, uma medida concreta para diminuir a exploração do trabalhador no capitalismo seria
“A modernização econômica associada à extinção do estatuto colonial e à implantação de um Estado nacional independente não tinha por fim adaptar o meio econômico brasileiro a todos os requisitos estruturais e funcionais de uma economia capitalista integrada, como as que existiam na Europa. Os seus estímulos inovadores eram consideráveis, mas unilaterais. Dirigiam-se no sentido de estabelecer uma coordenação relativamente eficiente entre o funcionamento e o crescimento da economia brasileira e os tipos de interesses econômicos que prevaleciam nas relações das economias centrais com o Brasil”.
(FERNANDES, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil. São Paulo: Editora Contracorrente, [1974] 2020, p.94.)
Segundo Florestan Fernandes, a Revolução Burguesa no Brasil não se realizou completamente, como nos países europeus, porque não se modificou nosso status político de país