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Programa da Globo aceita matéria paga, diz jornal


O Auto Esporte, programa jornalístico sobre automóveis da TV Globo, estaria aceitando matéria paga, segundo denúncia do colunista Daniel Castro, do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, a atração exibe merchandising embutido nas reportagens.

Em boletim distribuído ao mercado publicitário neste mês, a Globo teria oferecido "oportunidades diferenciadas de exposição de marcas por meio de ações de merchandising no programa".

A emissora negou a informação. Garantiu que o Auto Esporte não é um programa jornalístico, mas de entretenimento. Além disso, oferece "oportunidades comerciais para atender a peculiaridade da publicidade no mercado e nas competições automobilísticas".

A TV alega ainda que a negociação não é feita pela Central Globo de Jornalismo, mas por uma produtora independente.


A prática relatada nesta notícia do Portal Terra, veiculada no dia 20 de junho de 2005,

No seu texto Codificação/Decodificação, Stuart Hall propõe uma forma de analisar o processo comunicativo diversa da tradicionalmente usada em modelos lineares. O autor afirma:


O processo, desta maneira, requer, do lado da produção, seus instrumentos materiais − seus ‘meios’ − bem como seus próprios conjuntos de relações sociais (de produção) − a organização e combinação de práticas dentro dos aparatos de comunicação. Mas é sob a forma discursiva que a circulação do produto se realiza, bem como sua distribuição para diferentes audiências. Uma vez concluído, o discurso deve então ser traduzido − transformado de novo − em práticas sociais, para que o circuito ao mesmo tempo se complete e produza efeitos. Se nenhum ‘sentido’ é apreendido, não pode haver ‘consumo’. Se o sentido não é articulado em prática, ele não tem efeito.

(Hall, Stuart. Codificação/Decodificação. In: Da Diáspora − Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG,2011. p.366)


Nesta percepção, o que faz a transmissão televisiva de um evento histórico ser passível de significação, e não de transmissão completa do real, é

Em Sociologia da Comunicação, Philippe Breton e Serge Proulx afirmam que o desenvolvimento das técnicas de comunicação, desde a escrita cuneiforme, envolve uma invenção em dois sentidos: do ponto de vista técnico e, por outro lado, o social e político. A partir desta abordagem, o que prepara o terreno propício a uma invenção e determina posteriormente a amplitude e a orientação que ela seguirá é

Leia o trecho a seguir:


No início dos anos 1930, não estava nada claro em que se transformaria a televisão. Poderia ter surgido como uma nova indústria independente, para desafiar o duopólio NBC/CBS e seus modelos de propaganda. Poderia definhar como indústria e florescer como mídia amadorística e aberta, um cadinho de conteúdos e pontos de vista diversificados, como o rádio nos anos 1920 ou o vídeo na internet, nos primeiros anos do século XXI. Ou poderia ter sido algo semelhante à atual televisão a cabo ou a Hollywood, uma produtora de programas mais elaborados e independentes de publicidade. De qualquer forma, não se previu que a televisão seria lacaia da rádio AM.

(WU, Tim. Impérios da Comunicação − Do telefone à internet, da AT&T ao Google. Rio de Janeiro: Zahar,2012. p.169)


Do ponto de vista tecnológico, o que possibilitou o crescimento da TV como meio de comunicação de massa entre as décadas de 1930 e 1950 foi

Nos Estados Unidos, na década de 1910, buscou-se construir a Comunicação como uma ciência social de bases empíricas. Uma escola que se desenvolveu na academia nesse contexto colocou um enfoque microssociológico sobre os modos de comunicação na organização da comunidade. Tal enfoque se harmonizava com uma reflexão sobre o papel da ferramenta científica na resolução dos grandes desequilíbrios sociais. Esta Escola chama-se