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Novos países emergiram da luta contra o colonialismo [...]. Tratava-se de um processo de mudança que teve inicio logo após o término da guerra na Europa, e se intensificou na década de 1950 [...]. Os impérios coloniais construídos, em grande parte, no século XIX, pareciam iniciar, de fato, um processo de liquidação. Na África, na Índia, Indonésia, era como se ingleses, franceses, belgas, portugueses e holandeses começassem a sentir que a dominação do homem branco sobre o planeta terra entrava em fase de extinção. (LINHARES, Maria Yedda. Descolonização e lutas de libertação nacional . IN: REIS, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste. O século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2002, p.40-41).
Os processos de descolonização da Ásia e da África referidos no texto ocorreram no pós-guerra, num contexto em que
A primeira era da globalização e da liberalização terminou no banho de sangue da Primeira Guerra Mundial, quando a disputa geopolítica imperial interrompeu precocemente a marcha global para o progresso. Nos dias seguintes ao assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, constatou-se que as grandes potências acreditavam muito mais no imperialismo que no liberalismo, em vez de unir o mundo mediante um comércio livre e pacífico elas se concentraram em conquistar uma fatia maior do mundo pela força bruta. (HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21. São Paulo: Companhia das Letras.2018, p.28)
Nos primeiros dias de agosto de 1914, o mundo presenciou o início de um conflito, “a grande guerra mundial”, do tipo que a Europa e o restante do mundo não viam há mais de um século, quando os exércitos napoleônicos foram derrotados. A crise que resultou na Primeira Guerra Mundial deu-se em um contexto internacional, cujas raízes estão relacionadas
Em várias outras províncias, os movimentos separatistas ou federalistas se sucedem, assumindo designações que lembravam o mês de sua ocorrência – Abrilada, Novembrada – ou o nome de seus líderes, como no caso da Sabinada. Vez por outra, porém, tais movimentos fugiam ao controle da elite, tornando-se levantes populares. As chances de esses grupos alimentarem seus projetos de independência eram grandes, pois, nos embates com as tropas oficiais, os fazendeiros armavam os cativos e homens pobres. Além disso, os movimentos separatistas criavam divisões no interior das elites, como era o caso dos liberais exaltados se contrapondo aos grupos que procuram se alinhar ao governo regencial. (DEL PRIORE, Mary & VENANCIO, Renato. Uma breve História do Brasil. São Paulo: Editora Planeta,2010.p.168).
O texto faz referência às conjunturas de surgimento dos movimentos separatistas ou federalista da Regência e do Império que ganharam notoriedade, como
Iluminismo. Termo que expressa um conceito de extrema complexidade utilizado para, de modo geral, indicar um movimento de ideias desenvolvido essencialmente no século XVIII. Outros termos têm sido empregados para definir ou caracterizar o Iluminismo, dependendo do ambiente cultural em que o fenômeno venha a ser considerado. Assim o alemão aufklärung (“esclarecimento”, “descobrimento”, “reconhecimento”), o espanhol ilustracion (“ilustração”) ou o inglês enlightenment assumiram sentidos diferenciados, ainda que convergentes para um denominador comum. [...]. (AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1990.p.216-217).
Azevedo destaca, no verbete acima, a natureza histórica do conceito Iluminismo, evidenciando a dificuldade de elaborar uma compreensão única para o termo, ao longo da história contemporânea. Na atualidade essa expressão vincula-se a debates
A historiadora Lynn Hunt, em História da Vida Privada: da Revolução Francesa à primeira Guerra Mundial (2001), afirma que, durante a Revolução Francesa, as fronteiras entre a vida privada e vida pública apresentaram grandes flutuações, tendo o espírito público invadido as esferas habitualmente privadas da vida, fazendo essa última sofrer a mais dura agressão da história ocidental.
Como se observa no texto, os revolucionários da França do século XVIII empenharam-se em traçar a diferença entre as dimensões do público e as do privado. Essa diferença é bem observada na