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As propostas curriculares de História elaboradas nos últimos anos estão relacionadas aos debates e confrontos surgidos no final do período da ditadura militar quando se impôs Estudos Sociais em substituição à História e Geografia para as oito séries iniciais da escolarização, mantendo-se precariamente as duas disciplinas no 2o grau, para atender, na prática, aos exames vestibulares e não como proposta de formação geral necessária para um ensino terminal profissionalizante ou técnico, conforme estava prescrito no texto oficial do currículo para esse nível de escolarização. (Circe Bittencourt. “Capitalismo e cidadania nas atuais propostas curriculares de História”. Em Circe Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula.)

Também na ditadura militar, segundo Circe Bittencourt,
[...] não é difícil encontrar nos livros didáticos afirmações, algumas vezes contundentes e fortes, contra o racismo e o preconceito e, portanto, encorajando os alunos a terem uma visão de “respeito e tolerância em relação aos grupos etnicamente diversos”. Há, em quase todos, uma valorização de “uma nacionalidade que surge da diversidade”. A congruência de três raças – brancos, negros e índios – na formação do povo brasileiro é sempre lembrada. Mas uma leitura mais atenta destes manuais mostra as dificuldades em lidar com a existência de diferenças étnicas e sociais na sociedade brasileira atual. (Luís D. B. Grupioni. “Livros didáticos e fontes de informações sobre as sociedades indígenas no Brasil”. Em Aracy L. da Silva e Luís D. B. Grupioni (orgs.). A temática indígena na escola.)

Grupioni, entre outras críticas, aponta que os livros didáticos
Não se aprende História apenas no espaço escolar. As crianças e jovens têm acesso a inúmeras informações, imagens e explicações no convívio social e familiar, nos festejos de caráter local, regional, nacional e mundial. São atentos às transformações e aos ciclos da natureza, envolvem-se com os ritmos acelerados da vida urbana, da televisão e dos videoclipes, são seduzidos pelos apelos de consumo da sociedade contemporânea e preenchem a imaginação com ícones recriados a partir de fontes e épocas diversas. Nas convivências entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados e de outros tempos, crianças e jovens socializam-se, aprendem regras sociais e costumes, agregam valores, projetam o futuro e questionam o tempo [...] É preciso diferenciar, entretanto, o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele que aprendem na escola. (Parâmetros Curriculares Nacionais. Vol. História.)

Nesse sentido, segundo os PCNs, o saber histórico escolar
De acordo com os PCNs, a linha de divisão que separava esses dois blocos comandava a maioria das decisões nas relações internacionais, como também aquela que acontecia no interior de cada Estado, colocados em posição de confronto no interior desses blocos. Dessa forma, definia-se uma ordem mundial caracterizada pela

Leia a letra da música.


O Bom Filho a Casa Torna

João do Vale

Eu vou contar seu moço

Por que deixei meu sertão

Não foi por falta de inverno

Não foi pra fazer baião


É que todo sertanejo

Sempre tem essa ilusão

Conhecer cidade grande

Põe nas costas um matulão

Pensa que cá na cidade

Não existe exploração


Óia os bens que eu deixei

Um roçado de algodão

Bem cheinho de mandioca

De arroz e de feijão

Mas também só na mulher

É que eu não tinha sócio não



Com apoio das orientações dos PCNs, o professor de Geografia pode utilizar a música/letra como ponto de partida para discutir os seguintes temas: