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O trecho a seguir do espanhol Bernal Díaz Del Castillo descreve uma cena na capital asteca Tenochtitlan:
O burburinho e o ruído do mercado... podia ser ouvido até quase uma légua de distância... uma multidão de pessoas e a ordem que prevalecia, assim como uma imensa quantidade de mercadorias... Cada espécie tinha seu lugar particular, que era distinguido por um sinal. Os artigos consistiam em ouro, prata, joias, plumas, mantas, chocolate, peles curtidas ou não, sandálias e outras manufaturas de raízes e fibras de juta, grande número de escravos homens e mulheres, muitos dos quais estavam atados pelo pescoço, com gargalheiras, a longos paus.
(PINSKY,2007.)
No contexto da apropriação da América pelos europeus, pode-se perceber diferenças, bem como semelhanças circunstanciais, no que diz respeito aos processos nas diversas regiões do continente. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:
A temática da diversidade tornou-se pauta obrigatória para os sistemas escolares nas últimas décadas. Proveniente de demandas dos movimentos sociais – em particular do Movimento Negro, desde o início do século XX, e, mais recentemente, na década de 1980, do Movimento de Trabalhadores em Educação – a diversidade foi sendo gradualmente incorporada aos currículos tanto a partir de práticas de professores que reconheceram a necessidade de atuar em prol de uma reeducação das relações raciais quanto em decorrência das imposições previstas pelas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que instituíram a obrigatoriedade do estudo da história e da cultura afrodescendente, africana e indígena. Apesar disso, a tarefa não tem sido realizada de forma pacífica, uma vez que a realização efetiva das mudanças que essa agenda requer implica no enfrentamento de aspectos centrais do chamado sistemamundo moderno-ocidental, o qual pressupõe a raça e o racismo como seus elementos estruturantes e constituintes.
(QUIJANO,2005.)
A BNCC (Base Nacional Curricular Comum) traz em vários momentos a discussão sobre a diversidade e preconiza dentre outros aspectos relativos a essa temática:
BRASÍLIA (Reuters) – A Cúpula do Mercosul foi encerrada nesta sexta-feira em Brasília sem uma declaração presidencial final, em meio a mais uma crise entre os membros frente a divergências sobre negociações comerciais fora do bloco e a decisão de reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC), aplicada a produtos de países de fora. Ao final de dois dias de reuniões em Brasília, apesar dos avanços em um dos temas até agora mais difíceis, que é a redução da TEC, o governo uruguaio decidiu que só assinaria a declaração, onde constaria a possibilidade de redução da TEC, se os demais países concordassem em aludir, no texto, à permissão para que o Uruguai iniciasse negociações de acordos comerciais independentes, sem os demais membros do bloco.
(Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/ 2021/12/17/cupula-do-mercosul-termina-sem-declaracao-presidencial-pordivergencias-com-uruguai.17/12/2021 18h23. Por Lisandra Paraguassu.)
O Mercosul (Mercado Comum do Sul), que completou trinta anos da sua criação em 2021, preconiza, além da ideia explícita no trecho:
Pereira Passos transformou a cidade bárbara em metrópole digna da civilização ocidental. Qual o homem do começo do século que, recordando os benefícios que então se espalhavam sob esta terra querida, não se lembra da frase que andou na boca do povo, pelas ruas, pelas casas, pelos cafés, nas saudações que se trocavam, no estribilho das canções e que dizia assim: O Rio civiliza-se? Civilizou-se o Rio.
(Luiz Edmundo. Rio de Janeiro do meu tempo. Rio de Janeiro: Conquista, 1957. In: História Antiga e Medieval: Reforma urbana de Pereira Passos. Disponível em: histantigamedieval.blogspot.com.)
A reforma urbana empreendida pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, no governo de Rodrigues Alves, contextualiza de certa forma:
As fontes históricas, entendidas como os vestígios deixados pelos seres humanos ao longo do tempo e que trazem resquícios de suas práticas particulares e de seu grupo, podem ser trazidas para a sala de aulaa partir das tecnologias. Há uma série de arquivos virtuais com seus acervos digitalizados parcialmente e que permitem o contato com fontes oficiais, fotografias ou mesmo dados imigratórios, registros estatísticos, dentre outros. Um exemplo é o arquivo da Biblioteca Nacional, em sua hemeroteca digital [https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital], que disponibiliza diversos periódicos brasileiros gratuitamente para consulta. [...]
(Disponível em: http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/ ensino_e_historia_o_uso_das_fontes_historicas_como_ferramentas_na_p roducao_de_conhecimento_historico.pdf.)
O uso de fontes históricas não é prática totalmente nova na pedagogia das aulas de história. Nos dias atuais, com a tecnologia como elemento facilitador do acesso a essas fontes: