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No contexto do planejamento do meio físico, as bacias hidrográficas são unidades de trabalho fundamentais devido aos diferentes aspectos que as caracterizam, especialmente no tocante aos recursos naturais solo e água. Manejar adequadamente a bacia hidrográfica consiste de uma série de ações que visam conciliar o uso dos recursos naturais existentes na mesma com o mínimo de impactos sobre a natureza. Existem alguns coeficientes que são utilizados para quantificar a influência da forma no modo de resposta de uma bacia à ocorrência de uma precipitação. Neste contexto, a seguir é apresentado um estudo de caso, o qual consiste de um levantamento básico de informações fisiográficas e estudo da distribuição espacial dos atributos hidrológicos do solo mais influenciados pelo manejo e sua relação com o uso do solo. Características fisiográficas básicas da bacia hidrográfica referência:

- perímetro:11,3 km
- área:800 ha
- comprimento axial:4,5 km

Foram determinados 7 valores de largura ao longo da bacia, iguais a 1,5 km, 2,6 km, 3,5 km, 4,5 km, 4,3 km, 2,8 km e 1,1 km. Aplicando-se as fórmulas para determinação de coeficientes, obteve-se:

- Coeficiente de Compacidade (kc) =1,12
- Fator de forma (Kf) = 0,644
- Índice de Conformação (Ic) = 0,40

Nesse contexto, considere as informações dos itens I, II e III, a seguir, para responder a questão.

I. Kc =1,12 indica que a bacia possui grande tendência a grandes enchentes.

II. Com base no Kf e no Ic a bacia terá tendência mediana a enchentes.

III. Como Kf expressa uma tendência a enchentes e Kc expressa a dimensão da cheia, os índices são complementares. Assim, esta bacia apresentará tendência mediana a enchentes e se estas ocorrerem, poderão ser de grande vulto.

Nestes termos, está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

Atualmente a preocupação com a conservação e a manutenção dos padrões de qualidade mínimos nos recursos hídricos ultrapassa as esferas de cada ciência, exigindo que o tema seja tratado a partir de uma ótica multidisciplinar. A partir da necessidade de preservar os recursos hídricos, desenvolvem-se meios para quantificar e delimitar possíveis áreas de risco que, identificadas em um processo de planejamento ambiental, devem receber um manejo diferenciado. As diversas formas de interação da bacia hidrográfica e o ciclo hidrológico possibilitaram o surgimento de múltiplos conceitos relativos aos processos e subprocessos decorrentes dessas ações recíprocas. Sendo assim, surge a noção de área variável de afluência (AVA) como um aporte ao planejamento ambiental e à manutenção de padrões mínimos de qualidade e de disponibilidade de água, processo observado frequentemente em áreas onde o escoamento superficial por saturação é dominante, tratando o escoamento de retorno e a precipitação incidente nas áreas saturadas como elementos chaves na geração de escoamento. Considerando que as AVA’s possuem uma clara importância na bacia hidrográfica referente à preservação e conservação ambiental e dos recursos hídricos, salienta-se também a possibilidade de comportarem uma microfauna e uma flora adaptadas às variações das condições de saturação do solo nessas áreas. Desta maneira, surge a possibilidade de uma intervenção pontual, através de práticas de manejo restritivas a usos do solo diretamente nas AVA’s, que venham comprometer a qualidade dos recursos hídricos. Neste contexto surge o conceito de área hidrologicamente sensível (AHS). Consideram-se como AHS’s determinadas áreas da bacia hidrográfica que apresentariam uma maior probabilidade de saturação do solo, servindo como um aporte ao planejamento ambiental e à manutenção de padrões mínimos de qualidade e disponibilidade de água. Considerando o texto acima, é correto afirmar que a(s) definição(ões) de:

Existem vários índices de quantificação da diversidade de um ecossistema, os quais possibilitam, a comparação entre os diferentes tipos de vegetação. O Índice de Diversidade de Shannon-Weaver considera igual peso entre as espécies raras e abundantes e é representado pela equação a seguir.

em que:

N = número total de indivíduos amostrados.
ni = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie.
S = número de espécies amostradas.
ln = logaritmo de base neperiana (e).

Nestes termos, é correto afirmar que:

A composição florística pode ser medida pelo quociente de mistura, usado para fornecer a intensidade de mistura das espécies. O quociente de mistura é um fator que mede a heterogeneidade florística, pois indica, em média, o número de árvores de cada espécie que é encontrado no povoamento. Dessa forma, tem-se um fator para medir a intensidade de mistura das espécies e os possíveis problemas de manejo, dadas as condições de variabilidade de espécies. A caracterização da composição florística da vegetação, através do quociente de mistura (QM), foi aplicada pela primeira vez por Jentsch, em 1911. A equação para determinação deste índice é:

Para a determinação do volume de árvores, o método do xilômetro é o que oferece resultados mais precisos. Sua utilização não é tão intensiva em virtude da complexidade das operações, pelo fato de ser de difícil construção, difícil transporte e demorado manuseio. Por estes motivos, utiliza-se o emprego de fórmulas. Na fórmula também conhecida como fórmula da secção intermediária, o volume V é o produto a área da secção intermediária g1/2 pelo comprimento da tora, sendo que para o volume total da tora, também se deve adicionar o volume do cone da tora final, quando este existir. Quando o diâmetro é tirado na metade do comprimento da tora (d0,5) e o volume é calculado como se a tora fosse um cilindro, a diferença para menos na parte superior é compensada pela diferença a mais na parte inferior. A fórmula em questão se refere a: