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A Revolução Industrial, que tem o seu auge em meados do século XIX, alterou de modo substantivo as atividades relacionadas ao trabalho e foi a responsável por mudanças importantes na vida das pessoas e das organizações produtivas. O trabalho tornou-se referência essencial para se entender a sociedade capitalista, o que pode inclusive ser notado nos escritos dos principais autores clássicos da Sociologia (Durkheim, Weber, Marx).
Sobre a compreensão desse fenômeno pelos clássicos da Sociologia, julgue os itens abaixo.
I) Segundo Karl Marx, o trabalho contido na “mercadoria” possui um duplo caráter: trabalho concreto e trabalho abstrato. O trabalho concreto corresponderia à utilidade da mercadoria (valor de uso) e à dimensão qualitativa dos diversos trabalhos úteis. Já o trabalho abstrato corresponderia ao dispêndio de força humana, independente das múltiplas formas em que seja empregada, e nessa qualidade é que criaria o valor das mercadorias.
II) Marx também percebeu que “o desenvolvimento da indústria moderna reduziria a maior parte do trabalho das pessoas a tarefas chatas e desinteressantes”. E que a divisão do trabalho alienava os seres humanos do seu trabalho. Os trabalhadores industriais teriam pouco controle sobre a natureza da sua tarefa, apenas contribuiriam com uma fração para a criação de todo o produto, e não teriam influência sobre como ou para quem é vendido.
III) Ao contrário da visão de Marx, Durkheim argumenta que a intensa divisão social do trabalho possibilita a existência de coesão e solidariedade social.
IV) Para Durkheim, quando a divisão do trabalho não produz coesão social, há um problema moral: as relações entre os diversos setores da sociedade não estariam prontamente regulamentadas pelas instituições sociais existentes, gerando um estado de anomia.
V) Buscando relacionar os comportamentos engendrados pela associação entre religião e política, Max Weber busca na história da racionalização do trabalho a explicação para o surgimento das relações de trabalho capitalistas, em que o trabalho se torna um valor em si mesmo, uma vocação.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.
Segundo Georg Simmel (1903), a vida moderna apresenta um fosso intransponível entre o que ele chama de cultura subjetiva e cultura objetiva.
Sobre sua análise acerca da cultura nas sociedades modernas, marque (V) para as sentenças VERDADEIRAS e (F) paras as FALSAS.
( ) A simples leitura de uma revista semanal pode oferecer mais informação do que o homem dos tempos medievais seria capaz de adquirir ao longo de sua vida. Mas, certamente, a quantidade de informações que o homem medieval conseguia apreender da cultura de sua época é maior que aquela processada pelo homem de hoje.
( ) Nas sociedades modernas, o número de livros, de músicas, de espetáculos, de filmes, de teorias, de ideias, que estão à nossa disposição é enorme, o que nos proporciona maior acesso à cultura.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de um enorme acervo de máquinas, equipamentos, brinquedos e instrumentos, que nos auxiliam na resolução de situaçõesproblema do dia-a-dia.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de uma lista interminável de bens que se multiplicam a cada dia, ocupando o lugar da novidade de ontem e já anunciando o que ficará obsoleto amanhã, numa espiral sem fim. Esses bens são obras do intelecto, do engenho e da criatividade de homens e mulheres, mas não pertencem exclusivamente a seus criadores, porque são bens públicos.
( ) Aproximação e distanciamento são duas faces da mesma moeda: o paraíso e o inferno da vida moderna. Exemplo disso, é a sensação de liberdade ao caminharmos sem explicar porque estamos vestidos assim ou assado, e ao receio de não sermos socorridos por alguém, caso necessitemos.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
A concepção sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade na Sociologia contemporânea está, assim como na Sociologia Clássica, relacionada à experiência social de nossa época e articula as diferentes percepções sobre o papel e os limites da ação individual.
Sobre as diversas abordagens de autores da sociologia contemporânea a este respeito, associe a segunda coluna com a primeira.
I) Zygmunt Baumam
II) Richard Sennett
III) Norbert Elias
( ) Ao recontextualizar a discussão entre ação individual e estrutura social, este autor afirma que não existe dicotomia entre indivíduo e sociedade. Para tanto, cria o conceito de configuração (ou figuração), sendo uma ideia que nos ajuda a pensar nessa relação de forma dinâmica, como acontece na realidade.
( ) A sociedade contemporânea, segundo este autor, se constitui historicamente em um duplo movimento. O primeiro deles valoriza a sociedade em sua esfera pública e é marcado pela criação de regras coletivas que permitem a convivência entre indivíduos e grupos de tradições e formações distintas. Já o segundo movimento é caracterizado pela valorização progressiva da esfera pessoal, que lentamente substitui o domínio da esfera pública, resultando na perda da conexão dos indivíduos com a coletividade, dificultando as ações individuais que visem um horizonte comum.
( ) A constituição do chamado homem público para este autor foi uma necessidade das cidades modernas industriais. Este, por sua vez, vem perdendo espaço para uma hipervalorização da individualidade ligada ao consumo.
( ) O modo fragmentado e volátil como as identidades vêm se desenvolvendo na atualidade não pode ser visto de forma positiva, pois as condições sólidas de reprodução da vida individual e, portanto, da identidade, estão sendo substituídas por relações sociais e econômicas que não permitem a existência de identidades coletivas perenes, levando os indivíduos à busca de uma referência que nunca poderá ser dada pelo consumo.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de associação, de cima para baixo.
Na obra “As formas elementares da vida religiosa”, Durkheim objetiva explicar cientificamente uma das particularidades que, para ele, é a mais característica da natureza humana.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde à perspectiva apontada pelo autor.