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Com base no texto Os dois "multis" dos multiletramentos, bem como nos conhecimentos acerca das reflexões sobre alfabetização, letramento e multiletramentos, analise as informações a seguir:
I. Cada vez mais os modos grafocêntricos de significado podem ser complementados ou substituídos por outra forma de cruzar o tempo e a distância, como gravações e transmissões orais, visuais, auditivas, gestuais e outros padrões de significado. Assim, é correto afirmar que uma pedagogia voltada ao ensino de leitura e escrita precisa ir além da comunicação alfabética, incorporando, assim, a essas habilidades tradicionais as comunicações multimodais, particularmente aquelas típicas das novas mídias digitais.
Il. O texto justifica inicialmente o multiletramento pela variabilidade de convenções de significado em diferentes situações culturais, sociais ou de domínio específico. Sendo assim, o processo de alfabetização tradicional aproxima-se dessa variabilidade, pois é caracterizado pelo foco na relação fonema-grafema, na qual o ato de escrever se constitui em tradução dos sons da fala para as imagens simbólicas da escrita, e o ato de ler, em decodificação dos significados das palavras escritas.
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Analise as informações a seguir:
l. A alfabetização e o letramento são dois processos diferentes, porém simultâneos e indissociáveis, já que, a alfabetização, em seu sentido estrito, envolve ações específicas de ler e escrever, ou seja, supõe o acesso instrumental ao mundo da leitura e da escrita, extrapolando a ideia de que escrever é codificar e ler é decodificar. Já o letramento envolve a compreensão, o saber lidar com diferentes gêneros textuais, bem como envolve o estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.
Il. O letramento pode ser considerado como a imersão do sujeito na cultura escrita, participação em experiências variadas com a leitura e a escrita, conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material escrito. A alfabetização é a consciência fonológica e fonêmica, identificação das relações fonema-grafema, habilidades de codificação e decodificação da língua escrita, conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução sonora da fala para a forma gráfica da escrita.
III. A escolarização, por sua vez, é uma prática formal e institucional de ensino que visa a uma formação integral do indivíduo, sendo que a alfabetização é apenas uma das atribuições da escola. Vale destacar que a escola possui projetos educacionais amplos, ao passo que a alfabetização é uma habilidade restrita. Segundo Street (1995), é preciso ter cautela diante da tendência à escolarização do letramento, que sofre de um mal crônico ao supor que só existe um letramento. Existem letramentos sociais que surgem e se desenvolvem à margem da escola, não precisando por isso serem depreciados.
Marque a alternativa CORRETA:
Analise as informações a seguir:
I. Para Magda Soares (2018), alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. Concordando com a autora, é possível afirmar que no processo de aquisição da escrita alfabética, o letramento envolve a compreensão e o saber lidar com diferentes gêneros textuais.
Il. Na perspectiva tradicional de alfabetização, predominava uma aprendizagem do código desvinculado dos usos sociais da leitura e escrita. Todavia, através do aprofundamento dos estudos sobre essa temática, evidenciou-se que a escrita alfabética não é um código que se aprende memorizando. Ademais, o Sistema de Escrita Alfabética é um sistema notacional, e a aquisição desse conhecimento deve ser promovida, numa perspectiva crítica, através da reflexão ou da repetição.
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I. Todo o processo de construção do conhecimento é realizado sob a égide dos verbos ensinar e aprender. Visando à compreensão do sistema educacional, esses dois verbos são frequentemente questionados, inclusive, infere-se que se houve ensino, a aprendizagem aconteceu. Dessa forma, poderia ser suficiente um professor que dominasse um determinado conhecimento e "ensinasse", transmitisse, esse saber para seu grupo de estudantes. Assim, aquilo que os estudantes repetissem com exatidão e reproduzissem nas avaliações, resultando na medição do quanto tinham conseguido absorver, seria a aprendizagem. Essa perspectiva é atual e predomina nos documentos oficiais brasileiros como, por exemplo, o Currículo do Ipojuca e o Currículo de Pernambuco.
Il. A concepção do que é aprender, de como se aprende e, por correspondência, de como devem ser desenvolvidas práticas na sala de aula que despertem o interesse, o desejo e a motivação para o efetivo sucesso desse processo têm se modificado a partir das contribuições da epistemologia para os processos de desenvolvimento subjetivo humano e, mais recentemente, das neurociências, com o mapeamento cerebral de todas as condições do sujeito em situações de interação com os outros e com as ideias, fatos e experiências. Dessa forma, as concepções de ensinar também são modificadas. Pode-se afirmar que atualmente em vez de apenas lembrar e repetir informações, o estudante deve ser capaz de encontrá-las e usá-las com autonomia. A recente ciência da aprendizagem enfatiza a importância de se repensar o que é ensinado.
III. Um aspecto extremamente relevante também nesse processo do binômio ensino e aprendizagem é compreendê-lo como constituído mutuamente — ou seja, o ensino e a aprendizagem enquanto aspectos indissociáveis — assim como são constituídas no estudante as dimensões cognitiva e afetiva. O ensino e a aprendizagem na perspectiva, por exemplo, de currículos como o do Ipojuca, devem mobilizar o aluno para a construção de competências e habilidades, atitudes e valores que o possibilitem aprender a ser, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver, bases estruturantes assentadas numa avaliação formativa e processual que emanam da formação integral dos educandos, possibilitando a inserção deles no mundo do trabalho e o pleno exercício da cidadania.
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Analise as informações a seguir:
I. O processo de ensino e aprendizagem, no que tange à figura do professor e a sua relação com os alunos, não deve ter como cerne, somente o conhecimento resultante através da absorção de informações, mas também o processo de construção da cidadania do aluno. Simplificar o conhecimento científico, sem mudar seu conteúdo essencial, gera sua popularização e aproxima o aluno de algo antes desconhecido. Tem-se, com essa simplificação de "falar a mesma língua do aluno”, um caminho já defendido por Boldernave, que chama esse tipo de educação de Pedagogia da Moldagem. Essa perspectiva barra a ideia de separação que afasta ciência e sociedade e reacende a questão sobre qual é o papel social da ciência.
Il. Segundo Freire (1996, p.96) “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas imaginações, suas dúvidas, suas incertezas". Nesse sentido, o papel da escola nessa tendência pedagógica se acentua na formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo esforço está em estabelecer um clima favorável a uma mudança dentro do indivíduo, ou seja, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente.
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