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O documento 1, que teve ampla circulação nas redes sociais, foi refutado pelo documento 2. Entretanto, não se pode ignorar o impacto do alcance da (des)informação que pode ser gerada pelas tecnologias digitais de comunicação, uma vez que, segundo o documento 2, “vídeos com a informação falsa acumulam pelo menos 3,9 mil compartilhamentos no Facebook, centenas de curtidas no Instagram e 11,5 mil visualizações no TikTok”. Como estratégias de construção textual, os estudos de Vanoye (2003) apontam que há mensagens em que o destinador manifesta claramente as suas opiniões ou reações relativamente ao conteúdo de que trata, acrescentando às informações brutas uma carga suplementar constituída de seus sentimentos, seus juízos, sua maneira de ver e de descrever o acontecimento; há mensagens em que a expressão pessoal intervém de maneira dissimulada; e ainda há aquelas em que não se percebe a presença do destinador, ainda que, de fato, tenham sido produzidas por um indivíduo ou uma instituição, porque são produtos de um projeto cujo processo de construção busca a neutralização intencional do “eu”.

Isso considerado, pode-se afirmar que os mecanismos empregados no documento 1, no que diz respeito à construção discursiva do destinador da mensagem, são:
Considere os aspectos teóricos de Harold Bloom sobre a influência e a tradição literária e de Mikhail Bakhtin sobre a recepção e a historicidade dos textos e responda à questão:

Bloom (1994) discute como os autores e suas obras dialogam com as tradições literárias e com o público ao longo do tempo, enquanto Bakhtin (1997) enfatiza a importância da historicidade e da recepção dos textos na compreensão de sua relevância cultural e estética.
BLOOM, Harold. O Cânone Ocidental: Os Livros e o Legado da Literatura. Rio de Janeiro: Editora Record,1994.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal.2ª ed. São Paulo: Martins Fontes,1997.

No exemplo do trecho abaixo, qual alternativa melhor elucida a importância e o impacto da historicidade dos textos e o diálogo entre obras e contextos históricos para a prática da leitura literária?
Os romances de Machado de Assis, produzidos no final do século XIX, refletiam as tensões sociais e políticas do Brasil Imperial. A circulação dessas obras nas livrarias e a recepção crítica da época mostram um diálogo constante entre a literatura e o contexto histórico, revelando a habilidade do autor em manter elementos da tradição literária enquanto rompe com convenções estéticas estabelecidas.
Leia o excerto adaptado de Marcuschi (2000) a seguir:

Considerada a ideia de que a língua é muito mais um conjunto de práticas discursivas do que apenas uma série de regras ou um sistema de formas simbólicas, podemos pensá-la como prática social, que se manifesta e funciona em dois modos fundamentais: como atividade oral e como atividade escrita. Com a expressão “fala”, designamos as formas orais do ponto de vista do material linguístico e de sua realização textual-discursiva. O mesmo acontece com a expressão “escrita”, usada para designar o material linguístico da escrita, ou seja, as formas de textualização na escrita. Em última instância, são dois modos de representação da mesma língua, embora cada um dos dois modos tenha uma história própria.

Analisando o excerto acima e sua formação no curso de licenciatura, em disciplinas da área de língua e de linguística, é correto afirmar, na relação entre variedades, usos, língua oral e língua escrita, que:
Said Ali (2001), ao estudar aspectos da sintaxe da Língua Portuguesa, examina, entre outras diversas categorias do verbo, as funções que os tempos – presente, passado e futuro – assumem na construção dos sentidos dos enunciados, o que intervém diretamente nos processos de compreensão e de produção dos textos. Ao tratar do presente, no indicativo, o autor observa que o seu uso remete a uma ação que se passa durante o tempo – breve ou longo – em que se discorre sobre um assunto, mas não limitado ao instante fugaz da realização do enunciado. Noutros termos: “não haveria enunciado sem a cognição e portanto sem a preexistência do fato; e, por outra parte, terminado o enunciado verbal, para o qual bastou um só segundo, o fato nem por isso deixará de perdurar ainda algum tempo” (SAID ALI,2001, p.310). Diante dessa observação, o linguista examina os complexos fatos da língua portuguesa, procurando descrever as muitas expressões verbais que se servem desse tempo e, então, classificá-las segundo o sentido que estabelecem.

Quanto às propostas de Said Ali, relativas às funções do uso do tempo presente no modo indicativo, que opção expõe, corretamente, em conjunto (descrição, classificação e exemplificação), as ideias do autor?
Leia o excerto adaptado de Preti (1994): As variedades diastráticas ocorrem em um plano vertical, isto é, dentro da linguagem de uma comunidade específica, seja urbana, seja rural.

Imagem associada para resolução da questão


AB – eixo horizontal das variantes geográficas. ab, cd, ef, gh, ij – eixos verticais das variantes socioculturais.
Nesse cenário, as variações socioculturais podem ser influenciadas por fatores ligados diretamente ao falante (ou ao grupo a que pertence) ou à situação ou a ambos simultaneamente.

Após a leitura do excerto, marque a resposta que associa corretamente o conceito e sua indicação com exemplo dado: