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Durante uma aula de Educação Física, Maria, 16 anos, curiosa sobre uma reportagem que tratava sobre o aumento de hemácias decorrentes do treinamento na altitude, pergunta ao professor: Professor, em que parte do nosso corpo as hemácias são formadas? Escolha a alternativa que responde a pergunta de Maria.

Historicamente, as influências militares sobre a educação física e a ginástica escolar evidenciavam a utilização de atividades estritamente práticas, as quais objetivavam o aprendizado e o aprimoramento técnico. Darido (1995) relata que, até a década de 1980, era claramente observável uma ênfase na formação esportivista do professor de educação física escolar, que estava ligada ao esporte de rendimento máximo. Dessa forma, valorizava-se a seleção dos mais habilidosos, sendo que, para cumprir tais finalidades, os profissionais de educação física eram formados na perspectiva do “saber fazer para ensinar”.

Contrapondo-se a esse modelo, em meados da década de 1980, algumas Instituições de Ensino Superior lançaram novas propostas curriculares em que a ênfase passou a ser o conhecimento científico. Dessa forma, a formação do profissional de educação física deixa de ter sua ênfase na prática de modalidades esportivas para a valorização da teoria. Essa nova perspectiva baseia-se na premissa de que o ensino é ou deveria ser uma ciência. Assim, a solução dos problemas práticos na educação física deve ser proveniente de estudos acadêmicos que, por meio de princípios universais de ensino e generalizações, viabilizem a construção de uma única e grande teoria. Na tentativa de atenuar esse afastamento entre teoria e prática na formação curricular presentes nessas duas propostas, Darido (1995) sugere que seja adotado um modelo curricular em que a prática de ensino não se faça presente apenas no final da formação, mas que possibilite e estimule a prática desde a formação inicial, por meio de uma reflexão na ação e sobre a ação.

Nesse contexto, Marcellino (1995) relata a existência de uma falsa dicotomia entre teoria e prática na educação física. Para esse autor, teoria e prática não podem ser vistos como antagônicas, mas como algo englobado em um conceito único. Geralmente, a teoria é vista como um discurso que se mostra distante da realidade e da experiência vivida. Já a prática é, muitas vezes, vista como uma experiência desvinculada da teoria, o que implica caracterizá-la como uma ação desprovida de sentido. Na educação física, essa problemática é ainda mais intensa, pois existe uma tendência de associar a prática da educação física exclusivamente à realização de alguma modalidade esportiva ou atividade corporal, o que torna a relação com a teoria ainda mais restrita. Uma abordagem crítica da educação física pressupõe que o professor deverá selecionar os conteúdos nas aulas de modo a propiciar ao aluno a leitura da realidade sociocultural em que ele está inserido.

Nesse contexto, a educação física passa a ser entendida como uma disciplina que trata de um tipo de conhecimento denominado cultura corporal, que tem como temas o jogo, a ginástica, o esporte, a dança, as lutas e demais formas de manifestação do movimento. Para tanto, torna-se imprescindível que o professor realize o planejamento de suas aulas, considerando as características dos alunos, suas vivências e experiências, bem como o contexto sociocultural no qual a escola encontra-se.

As diversas abordagens da educação física escolar e suas relações com Filosofia, História e Sociologia identificam a necessidade de superar a dicotomia entre teorias educacionais e organização didática de sua prática docente. Para elaborar o planejamento das atividades pedagógicas é correto que o professor:

Em termos históricos, podemos afirmar que as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade. A preconização do corpo máquina nos faz entender que quem não produz é representado como inválido, sem utilidade. Estas características são atribuídas indistintamente a todos que têm alguma deficiência, marginalizando-os.
 
A releitura da deficiência por meio da lente da inclusão se faz urgente e necessária. Encontramos respaldo em Sassaki (1997) quando afirma que a inclusão social é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade por meio de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, como também da pessoa com deficiência física.
 
Nesse sentido, a Educação Física escolar pode se constituir como agente de inclusão. A atividade física adequada às possibilidades dos sujeitos valoriza, integra à realidade, obtendo autonomia, autoconfiança e liberdade.
 
De tempos em tempos, os termos utilizados para a referência às pessoas com deficiências variam conforme reflexões linguísticas e sociológicas de seus protagonistas e atores sociais. Em geral, o significado do vocábulo “deficiente” está associado aos conceitos vinculados à esfera das relações de produção, implicando a necessidade de superação de dificuldades pessoais, para além daqueles que lhes são impostas pela sociedade. A diagnose, a prescrição e a orientação de atividades físicas para pessoas com deficiência ocorrem no sentido de promover a interação social e a inclusão balizadas por princípios de cidadania, sendo necessário, muitas vezes, ultrapassar a tendência de superproteção familiar, principalmente de crianças e adolescentes. Nesse sentido, o professor de educação física, ao trabalhar com esse segmento de pessoas, deverá:
 
I. Inteirar-se do diagnóstico de cada quadro, para prescrever e orientar atividades específicas, segundo os limites e potencialidades individuais.
 
II. Ter a dimensão do carinho e do cuidado, para que tais indivíduos vivenciem experiências motoras indispensáveis à sua formação cidadã, prescrevendo limites às eventuais potencialidades.
 
III. Ter a consciência dos direitos e dos deveres das pessoas deficientes, condição que consubstancia a construção de uma sociedade democrática de direito.
 
IV. Considerar a existência de necessidade de superação e, portanto, de fazer com que cada indivíduo ultrapasse os seus limites, posto ser essa uma forma incontestável de reconhecimento social.
 
São corretas apenas as afirmações:
Analise as asserções a seguir e a relação estabelecida entre elas. No universo mídia e esporte, as relações esporte-televisão vêm alterando, progressivamente, a maneira como percebemos e praticamos o esporte. A televisão transformou-se em uma parceira para apoio mútuo, indispensável aos espetáculos esportivos, o que leva a uma relação de dependência econômica.
PORQUE
A associação entre mídia e esporte conduziu, por um lado, ao incremento do profissionalismo do esporte e ao aprimoramento científico e tecnológico do treinamento esportivo e, por outro, à busca da vitória a qualquer preço.
Acerca das asserções, assinale a opção correta.
A anatomia muscular fornece subsídios importantes para que o Educador Físico possa prescrever exercícios físicos tanto para profilaxia de lesões como para melhorar as capacidades físicas de seus alunos atletas. Em ambos os objetivos (profilaxia ou melhora das capacidades físicas), o conhecimento da origem e da inserção dos músculos esqueléticos favorecerá para que as prescrições tenham sucesso. Sendo assim, marque a alternativa que indica corretamente os pontos de fixação óssea e a(s) ação(ões) do músculo reto do abdome: