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O currículo escolar é um elemento fundamental para a discussão e elaboração de perspectivas, métodos e objetivos não apenas pedagógicos, mas, de diversas dimensões, a serem propostos pela comunidade escolar. Dessa forma, pode-se dizer que o currículo, juntamente com o Projeto Político Pedagógico da escola, são as estruturas que dão alma aos fazeres e experiências escolares.
O currículo, entretanto, não é apenas aquilo que é conscientemente planejado.
“Pode-se definir currículo oculto da escola como o conjunto de normas sociais, princípios e valores transmitidos tacitamente através do processo de escolarização. Não aparece explicitado nos planos educacionais, mas ocorre sistematicamente produzindo resultados não acadêmicos, embora igualmente significativos. Em certo sentido, representa a operacionalização - ainda que não declarada - da função social de controle que a escolarização exerce.” (VALLANCE, apud GIROUX, Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis, Vozes, 1986).
Dessa forma, poderia compor o que Vallence define como currículo oculto:
O currículo, entretanto, não é apenas aquilo que é conscientemente planejado.
“Pode-se definir currículo oculto da escola como o conjunto de normas sociais, princípios e valores transmitidos tacitamente através do processo de escolarização. Não aparece explicitado nos planos educacionais, mas ocorre sistematicamente produzindo resultados não acadêmicos, embora igualmente significativos. Em certo sentido, representa a operacionalização - ainda que não declarada - da função social de controle que a escolarização exerce.” (VALLANCE, apud GIROUX, Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis, Vozes, 1986).
Dessa forma, poderia compor o que Vallence define como currículo oculto:
A figura do supervisor escolar surge, nas diferentes redes de ensino, de formas muito variadas. O próprio nome do cargo de supervisão escolar muda bastante, por vezes, até mesmo dentro de uma mesma cidade. Não obstante, tal realidade também cria muitas perspectivas distintas sobre o qual o papel da supervisão no interior da escola.
Para Antonia Medina, o supervisor deve buscar afastar-se de uma atuação linear, hierarquizada e burocrática da supervisão, que, além de comum em nossas redes, vem sendo, já há muitos anos, questionada pelos profissionais da educação, inclusive, pelos próprios supervisores escolares.
A fim de superar essa perspectiva burocratizada do supervisor, a autora sugere uma ação de supervisão centrada na prática docente, mas sem que essa se confunda com um processo de assessoria ou consultoria ao professor. Dessa forma, tanto o supervisor quanto o corpo docente terão o mesmo objeto prioritário de trabalho: a relação de ensino-aprendizagem.
Nessa perspectiva da supervisão escolar, o supervisor assume, sobretudo, um papel de:
Para Maria Tereza Esteban, há na avaliação escolar uma necessidade de se compatibilizar com a concepção da aprendizagem enquanto um processo permanente e marcado por continuidades, rupturas, retrocessos. Entretanto, para a autora, os processos e resultados da avaliação escolar continuam profundamente marcados pela homogeneidade e pela estagnação, o que faz da avaliação, em muitos casos, um ato de julgar o outro.
Sendo a sala de aula um espaço marcado pela diversidade de saberes e desejos, pelo movimento, pela surpresa e pela desordem, para que ou para quem serve esse modelo de avaliação? Assim, Esteban afirma a necessidade de um processo avaliativo investigativo, contínuo e que respeite a diversidade.
Em contraponto a essa perspectiva, a avaliação homogênea se caracterizaria como um:
Para Vitor Henrique Paro, a administração escolar vai para muito além do mero gerenciamento dos recursos materiais da escola, configurando-se em um trabalho de construção conjunta de leitura da realidade e de efetivação de metas e objetivos necessários e desejáveis para os diferentes sujeitos que passam por esta instituição. Em suas palavras:
“Dessa forma, o que determina o caráter [...] da administração é a natureza dos objetivos que ela busca concretizar, os quais – em conjunto e como resultante das forças sociais predominantes em um determinado momento histórico, de uma dada formação econômico-social – acabam por determinar a própria forma em que se dá a atividade administrativa.” (Paro, V. H. Administração Escolar: introdução crítica. 17ª Ed. Cortez Editora, São Paulo. 2012. P. 206.)
Nessa medida, é essencial que a gestão da escola se guie pelas perspectivas, concepções e metas elaboradas e planejadas em conjunto pela comunidade escolar, por meio, sobretudo:
“Dessa forma, o que determina o caráter [...] da administração é a natureza dos objetivos que ela busca concretizar, os quais – em conjunto e como resultante das forças sociais predominantes em um determinado momento histórico, de uma dada formação econômico-social – acabam por determinar a própria forma em que se dá a atividade administrativa.” (Paro, V. H. Administração Escolar: introdução crítica. 17ª Ed. Cortez Editora, São Paulo. 2012. P. 206.)
Nessa medida, é essencial que a gestão da escola se guie pelas perspectivas, concepções e metas elaboradas e planejadas em conjunto pela comunidade escolar, por meio, sobretudo:
Para muitas perspectivas, sobretudo para o senso comum, a escola é um espaço de democratização do conhecimento e ascensão social das camadas sociais mais carentes. Entretanto, para pensadores como Bourdieu, não é isso que a escola vem propiciando, desde sua origem.
Para o autor, com a entrada dos menos abastados na escola, o que se fez foi substituir a eliminação clara e evidente dessa camada social logo no início da escolarização, por uma eliminação suave e diluída desses jovens ao longo desse processo. Dessa forma, criam-se no cenário escolar diversas mecânicas, como classes de aceleração ou a aprovação com dependência em disciplina para maquiar a exclusão desses jovens.
Como consequência desse processo, vemos alunos saindo da escola com uma grande defasagem idade/série e, quando se formam, com diplomas socialmente desvalorizados. Dessa forma, para Bourdieu, essa escola “para todos” é ainda mais perversa do que seu modelo anterior, na medida em que:
Para o autor, com a entrada dos menos abastados na escola, o que se fez foi substituir a eliminação clara e evidente dessa camada social logo no início da escolarização, por uma eliminação suave e diluída desses jovens ao longo desse processo. Dessa forma, criam-se no cenário escolar diversas mecânicas, como classes de aceleração ou a aprovação com dependência em disciplina para maquiar a exclusão desses jovens.
Como consequência desse processo, vemos alunos saindo da escola com uma grande defasagem idade/série e, quando se formam, com diplomas socialmente desvalorizados. Dessa forma, para Bourdieu, essa escola “para todos” é ainda mais perversa do que seu modelo anterior, na medida em que: